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sábado, 3 de maio de 2014

GRAMADO COM NEVE - 2014 - ESQUIE NO BRASIL!!!

Gramado 2014- Neve e Gastronomia Os restaurantes neste outono que corre, luzem esplendorosos numa Gramado rica e prospera, imune aos males brasileiros: seca, Copa, politica, bandidagem e corrupção. Gramado ferve de gente, negócios e turismo. Numa simples quarta feira, a Cantina di Paolo (continua fazendo jus a estrela que há anos mantem firme no Guia 4 Rodas), nosso amado ex-Giuseppe, está lotada de homens e mulheres de negócios que ali se encontravam para uma das numerosas exposições, conferencias e convenções que acontecem na região. Gramado é um dos destinos turísticos mais concorridos do Brasil, mas é também polo agroindustrial e tem vida própria fora dos ônibus da CVC. A Festa da Colônia, organizada exposição anual dos produtos caseiros locais brilhou no novo espaço, a Expo Gramado. E uma gastronomia sofisticada, como a do La Hacienda e Table D’Or dando o toque fino, agora aliados ao Le Sens, restaurante que em menos de um ano de existência já exibe uma estrela do Guia 4 Rodas. Merecida. O lugar é calmo, chique, bem decorado. Pratos pequenos e muito criativos completam um jantar sofisticado. Risoto de brie com figos turcos, creme de abobora com lascas de frango com gengibre, veloutes de aspargos, costelas desfiadas acompanhadas de rigatone crocante. Panna cota que esta mais para sorvete do que pudim, uma delicia. Os três restaurantes acima citados cobram cerca de 200,00 por pessoa, com bom vinho; não é barato, mas razoável perto dos preços paulistas e do preço absurdo que cobra o péssimo restaurante do suposto e autointitulado “único hotel 6 estrelas” do Brasil. O Saint Andrews, ali mesmo em Gramado, se auto nomeia “6 estrelas”. Serviço, quartos e ambientes podem até ser; o restaurante não vale nada. É tudo “hype” criada pelo poderoso marketing da medonha CVC ,empresa gaúcha que domina o turismo brega no Brasil infelizmente proprietária do hotel, querendo ter um reduto exclusivo em Gramado. Para os ostentadores, hospedar-se lá pode ser uma opção, mas comer lá não é. Fuja! O Bistrô da Lu em Canela segue firme e forte, servindo pratos divinos em ambiente pequeno e aconchegante. Continua sendo o melhor custo-benefício da Serra Gaúcha. Desta vez, conferimos o Le Petit Clos, outro restaurante estrelado de Gramado que não vale a estrela. Antigo, resistindo firme desde 1977, a casa é apenas outra porcaria das muitas que servem “rodízios de fondue” na cidade. Cara, fedorenta e pretenciosa. Para quem quer fugir dos buffets e sequencias de fondues, praga gramadense, e comer algo saboroso sem gastar muito, O Pasteleiro vende o melhor pastel do Brasil: chama-se O Quatrilho em homenagem ao famoso filme; enorme, suculento e fumegante, recheado de calabresa e queijo, uma bomba calórica que vale o aumento de colesterol imediato. O Pasteleiro, na verdade, é um pequeno restaurante, limpo e bem montado, serve vinhos e tem boa musica. Pastel VIP, só em Gramado mesmo... Mas talvez a grande estrela da estação seja mesmo a neve brasileira, o Snowland. Como Gramado já tem produção própria de vinhos e cerveja, resolveu produzir neve também. São Pedro não ajuda, pois não neva na cidade há mais de 20 anos. No problem! O enorme parque Snowland produz neve artificial e lá se pode patinar, esquiar, praticar snowboarding e varias outras atividades. Por enquanto, é o única das Américas e rivaliza com Dubai, que foi a pioneira em pistas de esqui cobertas. Há lojas e restaurante, tudo limpo e organizado, enorme estacionamento. Não é barato esquiar no Brasil: para entrar, patinar e fazer esquibunda, R$79,00. Esquiar e snowboarding são cobrados a parte. Crianças pagam R$ 59,00. Vale pelo inusitado da coisa, pelo diferente. Afinal, quem já esteve em parque artificial de neve? Destaque também para a novidade dos Bus Tour, aquele tipo vermelhão, de 2 andares, que faz circuitos urbanos mundo afora. Vale os 39,00 do circuito. Uma boa maneira de se ter uma ideia do que são Gramado e Canela numa primeira visita. Hospedagem maravilhosa no La Hacienda, que continua sendo o melhor lodge do Brasil, não só em minha opinião, como também na da chiquérrima organização Conde Nast Johansens, benchmark da hotelaria mundial. Este tipo de hotelaria fina, tranquila, exclusiva e bem decorada. Nada de CVC e grupos brega. Paz e elegância na fazenda mais bonita do Brasil, com uma comida dos deuses e serviço amabilíssimo. Custa menos que ir à cafona Miami, paixão de todo brasileiro idiota que começa a ganhar mais dinheiro. Vamos prestigiar nosso pais que tem lugares maravilhosos, comida quase sem rival e a gente mais simpática do globo! Gramado, 03 de maio de 2014