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sexta-feira, 29 de maio de 2015

BAHIA 2015 - CHEF ITALIANO SHOW

VOLTA GASTRONOMICA AO SUL DA BAHIA – MAIO 2015 Passar um simples fim de semana nesta região do Brasil é um dos programas mais caros do mundo, mas vale tudo caminhando pela linda e ensolarada praia de Santo André, visitando o Centro Histórico de Porto Seguro, tomando uma caipirinha num animado bar de praia de Arraial D’Ajuda e, principalmente, participando de três banquetes maravilhosos preparados por meu amigo Stefano Jacumã, aquele chef italiano fantástico sobre quem escrevo incansavelmente desde 2007. Após uma temporada na Itália para aperfeiçoar o que já era mais-que-perfeito, Stefano volta em novo empreendimento ao sul da Bahia. Entre Porto Seguro e Cabrália, desenvolvendo nova proposta (ainda em fase de teste) no Vilage Capoeira. O primeiro jantar foi um festival de peixes e camarões crus, melhores do que nunca. Seguidos por dois pedaços de robalo: um coberto de alho, o outro de cogumelos. O segundo, uma tagliata de filé em crosta de parmesão sobre um colchão de rúcula perfumada com trufas. Traduzindo: uma carne macia, genial, quase crua, em pedaços nem grossos nem finos, enfeitiçada pelo queijo italiano e embriagada pelo levíssimo toque de trufa. O “dois-em-um” harmonioso da rúcula dispensando outros acompanhamentos. Nem sobremesa. Só um bom vinho tinto italiano da região de Alba, a mesma das trufas. Um sonho... O gran finale foi um almoço à beira da piscina, com um nhoque de abobora com camarões, polvo, tomates semi-cozidos e outras substancias verdes perdidas mas inesquecíveis, numa abundancia leve de azeite de oliva. Stefano é uma espécie de mágico, um ilusionista das panelas, um David Copperfield italiano, que transforma ingredientes-bomba como o alho, por exemplo, em fragmentos crocantes e deliciosos, sem efeitos colaterais. Carne vermelha no jantar que não pesa, massa nadando no azeite como se fosse preparada apenas no vapor... Um jogo de espelhos e truques. Um saboroso e colorido “parece mas não é”. Por enquanto, só trabalhando com reservas enquanto desenvolve o projeto que incluirá hospedagem temática e romântica como ele já tinha na Pousada Jacumã, em Santo André. Porto Seguro VIP e comida padrão Guia Michelin. Ver para crer, mas se alguém é capaz disso, não há melhor candidato que o Stefano. Que ainda por cima não desiste do nosso alucinante Brasil! São Paulo, 29 de maio de 2015

domingo, 10 de maio de 2015

PATACHO - VOLTA A IPIOCA - BELEZAS DAS ALAGOAS

PATACHO PERFEITO Alagoas - ABRIL 2015 O litoral de um dos menores e mais pobres estados do Brasil é, para compensar, o mais bonito. A cor do mar é campeã e as praias são magníficas. Até a feia e suja Maceió consegue ficar mais agradável sob o reflexo ensolarado do mar ora verde, ora azulado, transparente, calminho... A praia do Patacho fica a 2 horas, de carro, ao norte de Maceió. Uns 12 km ao norte da famosa São Miguel dos Milagres, no perrengue vilarejo de Porto de Pedras – que de interessante, além das praias, só tem mesmo o projeto Peixe Boi. Muito legal, vale a precária visita. Mas quem vai até o Patacho, depois de um voo de 2 horas e meia, Guarulhos /Maceió, estrada por duas horas, meia-boca-padrão-Brasil, não está muito interessado em ecologia e sim em descanso, praia deserta, romance. SÓ. A praia do Patacho, considerada pelo Guia 4 Rodas como das mais bonitas do país, de fato é. Mas só vale o esforço para chegar até lá se o turista se encaixa em uma das seguintes situações: - quer paz e silencio totais - romance em pousada charmosa e com boa comida - não se importa em ficar restrito à pousada charmosa acima citada Pois, as opções por lá são poucas, restaurantes só com reserva bem prévia e sujeita a disponibilidade nas pousadas vizinhas. Porto de Pedras, tirando o Peixe-Boi não oferece NADA, portanto é uma decisão que deve ser tomada com cuidado. Os mais agitados devem evitar o Patacho. Eu e meu marido, adoramos e escolhemos o lugar certo, a pousada do encantador francês Christian, Pousada Patacho. Toda muito bem decorada na improvável combinação de rosa e roxo, o lugar é um encanto de cinco quartos que felizmente não aceitam crianças. Jardim lindo, suíte Colibri grande e confortável, boa comida, ótimo café da manhã e funcionários bem treinados, muito simpáticos. Preços razoáveis, tudo pé na areia. E que areia! Maré baixa de 800 metros de recuo, mar-banheira-quentinho, passeio de jangada pare ver lindos peixes e corais. Um sonho... Que Deus a conserve sempre assim, pois o setor hoteleiro sempre sofre com mudanças de proprietários, como o caso do Residence Waterfront, também em Alagoas, onde estivemos em novembro de 2014. Praia linda de Ipioca, próxima a Maceió o que possibilita jantar estupendo no sempre estupendo Sur. Mas o hotel está péssimo, sujo, mal cuidado, uma vergonha. Isso em apenas cinco meses entre nossas duas estadias por lá. Uma pena. Poderíamos ter ficado mais tempo na Pousada Patacho(4 a 6 noites seria ideal) e apenas duas noites no Waterfront. Para curitir a mega praia maravilhosa, o restaurante Sur, a mousse de Prestigio do Vila Chamusca e a barraca Hibiscus. Que, por enquanto, valem muito a viagem. São Paulo, 10 de maio de 2015