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sábado, 18 de novembro de 2017

JORDANIA E PETRA - 2017

JORDANIA E PETRA – 2017 A Jordânia tem bem mais a oferecer do que Petra, mas é para lá que os turistas se dirigem, atraídos como moscas ao mel por um dos sítios arqueológicos mais fascinantes do planeta. A capital Amã é bem interessante, uma maneira light de conhecer um país árabe que, até agora, tem conseguido conviver mais ou menos pacificamente com seus turbulentos vizinhos no Oriente Médio. Meu conselho seria evitar cruzar as fronteiras entre Israel e Jordânia, como eu fiz há uns dias. É tudo extremamente burocrático, tenso e demorado. E pelo o que a Jordânia tem a oferecer em termos de história e tradição, vale uma visita exclusiva, de no mínimo 10 dias. Das principais capitais europeias é um voo de 3 a 4 horas e também pode ser alcançado dos EUA. Portanto, faça as malas e passe três dias na região de Amã, visitando Madaba e Jaresh, para começar. A primeira é uma pequena cidade nos subúrbios de Amã e conta com o único mapa da Terra Santa propriamente dita, O resto são relatos bíblicos e os dos Pergaminhos do Mar Morto. Os antigos mosaicos no chão da singela igreja mostram o que foi a região há séculos, com o único mapa pictórico de Jerusalém. Vale a visita ao pequeno museu, bastante claro e didático. Perto dali, a maravilhosa igreja franciscana, moderna e sensacional, plantada em cima do importantíssimo Monte Nebo, encantando pela luz fabulosa do deserto e importância religiosa e histórica. É a Basílica de Moisés, construída em cima de ruínas bizantinas no local em que Moisés viu a Terra Prometida e logo depois morreu. O maravilhoso é que, em pleno século 21 também podemos avistar o que ele viu, em paz e segurança. Dentro da igreja, importantes mosaicos e colunas da construção antiga são parte integral da decoração. Segundo a bíblia católica, é lá que estaria a famosa Arca da Aliança. No dia seguinte a cidade de Jaresh, um pouco mais longe de Amã, mas passeio bate e volta sensacional por exóticas montanhas cobertas por oliveiras, onde estão as ruinas romanas de Jaresh. Enorme cidade romana que impressiona pelo tamanho e estado de conservação. Anda-se horas e maravilha-se com este sitio arqueológico tão pouco conhecido, comparável aos mais importantes da Itália. Só 30% da cidade está escavada. O resto coberto por areia e terra, coisa que o país não tem dinheiro para empreender. No sul do país, uma das Sete Maravilhas do Mundo, Petra. Uma cidade gigante que os Nabateus, cerca de 100 anos antes de Cristo construíram no mesmo deserto que o inglês Lawrence da Arábia tornou famoso. As formações rochosas que são a muralha natural da cidade, lembram muito a dos parque do Arizona, nos EUA. As cavernas onde viviam e enterravam seus mortos são versões das que encantam na Capadócia, Turquia, mas em rochas vermelhas e rosadas na Jordânia. Os monumentos são comparáveis aos do Egito, portanto o custo-benefício é imbatível: três países na Jordânia! Formações rochosas do Bryce Canyon e da Capadócia, mescladas a templos do nível Luxor e Abu Sibel no Egito. É indescritivelmente bonito e foto alguma faz jus à importância e beleza únicas do lugar. Para quem gosta de natureza, trekking e história, é o paraíso! Pode-se passar fácil quatro dias caminhando por tudo e hospedando-se em bons hotéis da cidadezinha que dá suporte ao local. Imperdível o programa turístico Petra by Night, onde se caminha os dois quilômetros à luz de velas, que levam ao Tesouro, monumento-cartão-postal de Petra. Show singelo de som e luz, tudo autentico e simples, uma energia mágica sob as estrelas e o céu abençoado do deserto. Ver para crer . E voltar sempre. Se não em presença física, eternamente na memória. E no coração... Zurique, 18 de novembro de 2017

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