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domingo, 12 de agosto de 2012
ARTIGO DE 2000 SOBRE AS 3 CHAPADAS - CONTINUO PREFERINDO A DIAMANTINA
AS TRÊS CHAPADAS BRASILEIRAS: QUAL É A MELHOR?
Diamantina, Guimarães e Veadeiros. Sempre a dúvida, qual a mais interessante, qual conhecer primeiro? Será que visitando uma já vale pelas três? Por que uma tem mais divulgação que a outra?
Muitas perguntas para a pobre cabecinha do turista brasileiro, confuso com as centenas de possibilidades que se abriram no front turístico nacional nos últimos tempos. Entre resorts em praias nem é melhor falar, já que as opções não param de crescer. Mas como o turismo ecológico não para também, a dúvida persiste.
Visitei as três chapadas num período de um ano e meio, entre abril de 1999 e novembro de 2000. Adorei as três, mas elas são diferentes e merecem ser visitadas; cada qual por sua diversidade e beleza.
Gostei mais da Diamantina, a mais prática e a melhor para descanso ou romance é a dos Guimarães e a mais zen é a dos Veadeiros.
Para início de conversa, é bom verificar se o viajante topa mesmo o programa “chapada”, limitado a caminhadas, paisagens e vistas. Em resumo: natureza e mais natureza, com uma boa dose de exercício físico na receita. Não é programa para gente com pouco preparo físico, alguma desabilidade ou idade muito avançada. No Brasil a estrutura é quase inexistente para pessoas de idade ou fora de forma. Portanto, se a sua “praia” é natureza e malhação, comece pela Chapada dos Guimarães.
É a de mais fácil acesso, pois fica a apenas 60km de Cuiabá e um táxi tomado já no aeroporto resolve o problema, por boa estrada de asfalto. A cidadezinha de Chapada dos Guimarães é limpa e organizada e o hotel Penhasco é ótimo. Há passeios que podem ser feitos de carro e algumas cachoeiras cujo acesso não é muito penoso. As formações rochosas são maravilhosas e não é necessários escalar altos morros para se ter grandes vistas. Para os dispostos a andar, programas mil e boa organização.
A dos Veadeiros seria um segundo passo, uma espécie de “upgrade” em matéria de chapadas. As cidades de apoio não são lá grande coisa, não há bons hotéis, só pousadas bastante mixurucas. O que é muito bom por lá é o respeito à natureza, o parque nacional e os ótimos guias. As cachoeiras são lindíssimas, as flores do cerrado dão um show especial, o clima é ameno e não é necessário andar tanto como na Diamantina.
Os cristais da região e os hippies conferem o necessário clima zen. É um lugar bastante freqüentado por moçada barulhenta e todo cuidado é pouco no quesito alojamento. É também bom lugar para perder peso, pois a comida é muito fraca. O acesso é razoável, duas horas e meia de carro, de Brasília.
Mas a rainha mesmo é a Diamantina, o coração da Bahia, quase 500km a oeste de Salvador.
Há vôos fretados diretos de São Paulo até Lençóis, principal cidade das várias que compõe essa área magnífica, na certa um dos lugares mais bonitos do Brasil, comparável à Amazônia, ao Pantanal, ao Rio, à Foz do Iguaçu e aos Lençóis Maranhenses.
Mas como tudo o que é bom tem seu preço, a Diamantina é cara. Gasto do solado do sapato, de tempo e de dinheiro. Visitá-la por menos de uma semana não vale a pena, as atrações são muitas. Anda-se alucinadamente e comer bem e hospedar-se bem são lá possibilidades concretas mas longe de baratas. Mesmo assim, se tiver tempo para apenas uma chapada na vida, a Diamantina deve ser a escolhida. Tem tudo o que as outras tem de bom e muito mais. Além de possuir o charme e o encanto do povo baiano, coisa que só mesmo lá, na terra deles, é possível apreciar.
Mais detalhes em meu próximo artigo: “Diamante Negro”.
RETORNO 2012 A CHAPADA DIAMANTINA
CHAPADA DIAMANTINA – 2012
Doze anos depois da primeira vez em que estive no coração da Bahia, lá voltei para percorrer o Vale do Paty, no que é considerada a “caminhada mais bonita do Brasil”.
O Parque Nacional da Chapada Diamantina é belíssimo, bem como todo o seu entorno. Vale muito a pena ser conhecido, mas no esquema turista: hospedando-se em bons hotéis em Lençóis, Mucugê, Capão e Andaraí, as cidades principais. Com conforto, se chega às lindas cachoeiras, maravilha-se com os cânions, morros, lagoas, rios e variadas formações rochosas, tira-se muitas fotos das intrigantes flores do cerrado, caminha-se bastante e celebra-se tudo no fim do dia com um vinho revigorante, chuveiro quente, boa cozinha e cama quentinha.
Digo isso, pois tive em 2000 esta experiência e foi ótima. Desta vez, optei pelo “mico” da caminhada no Paty. O vale é muito bonito, mas hospedar-se na “casa de nativos” por quatro longas e intermináveis noites é pior que acampar. E olhe que eu ODEIO acampar. As casas são frias, feias, sujas e desconfortáveis. A comida não é ruim, mas o enorme sacrifico da brutal caminhada, o perigo constante de pedras gigantes e/ou soltas pelo caminho, a péssima organização das agencias locais (em parceria com a ineficiente Pisa Trekking de São Paulo, entre outras) faz da coisa um mega programa de índio. Talvez, um dia, se o parque tiver manejo profissional e opções decentes de acomodação, guias munidos com cordas e boa estrutura de primeiros socorros e evacuação, o trekking no Vale do Paty se torne a nossa “trilha Inca”. Também no Peru, a trilha Salkantay, funciona com pousadas decentes pelo trajeto e a coisa toda além de bonita é muito prazerosa.
Por enquanto fuja do abacaxi e hospede-se no Hotel Canto das Águas em Lençóis, curta a ótima comida do Azul, o restaurante do hotel que é de longe o melhor da cidade, visite todas as atrações turísticas que podem ser alcançadas de lá mesmo e depois mude-se para a Pousada Villa Lagoa das Cores no Capão. Conforto com clima hippie da charmosa vila, comida e vinhos de primeira e dia inteiro na Cachoeira da Fumaça que é um espetáculo.
Volto ainda à Chapada para explorar Igatu e Mucuge. Com conforto.
Meu artigo escrito em 2000 sobre a Chapada precede este. A maior parte dos restaurantes de Lençóis não existe mais como citados, mas a cidadezinha continua interessante e acolhedora, repleta de estrangeiros do mundo todo e muito animada. E as belezas naturais da Bahia continuam firmes por lá. Esplendorosas!
São Paulo, 12 de agosto de 2012
CHAPADA DIAMANTINA EM 2000
DIAMANTE NEGRO
Não é o famoso chocolate da Lacta, mas sim o precioso mineral que deu o nome de Diamantina à famosa Chapada, bem ali, no coração da Bahia. E não podia mesmo ser um coração mais bonito, grande ou generoso. A Chapada Diamantina é linda e enorme, impossível conhece-la de uma vez. Tanto melhor, volto outra vez.
Da primeira, escolhi o roteiro turístico padrão, de oito dias. Vôo direto de Congonhas para Lençóis, num bizarro mas confortável avião a hélice da Pantanal. Ótimo serviço e comida melhor do que as nossas gigantes da aviação. As três horas e meia de vôo são plenamente compensadas pelo conforto do único cinco estrelas de Lençóis, o hotel Portal Lençóis. Os quartos são confortáveis, a TV pequena demais, mas a vista do terraço é melhor do que qualquer programa de televisão, de qualquer maneira. A vista da ótima piscina é que é mesmo sensacional, uma espécie de prenúncio do que está por vir. Recomendo o hotel, pois é um verdadeiro oásis, um porto seguro para seus pés e traseiro que ficarão na certa moídos de tanto caminhar e ficar sentados nos longos trajetos de carro. Só não recomendo o regime de meia-pensão vendido pelas agências de turismo. O tal sistema não inclui sobremesa e muitas vezes é gostoso comer na cidade, que oferece restaurantes interessantes e não muito caros (ver meu artigo Comendo Bem na Chapada Diamantina). Recomendo, para quem gosta de massagem, a do canadense Jacques Gagnon, que vai até o hotel e te proporciona uma hora e meia de deliciosa terapia crânio-sacral. Uma viagem de sonho à luz de velas, incenso e óleos perfumados e terapêuticos. Ele é um profissional de primeira linha e faz os músculos doloridos de tanto andar ficarem relaxados e fortes para mais caminhadas que virão!
Observações importantes: a Chapada Diamantina não é programa para crianças com menos de 10 anos e para gente fora de forma. Quem não aprecia muita natureza e é avesso a exercícios físicos, é melhor procurar outro destino. A Chapada Diamantina, entre as duas outras, Guimarães e Veadeiros, é a que exige mais esforço físico, mais tempo e mais paciência com os trajetos. Em compensação é a mais bonita. Bem, nada é perfeito na vida...
Muitas agências vendem pacotes para lá, todos em geral muito parecidos. O diferencial está no público que os compra. Prefira sempre empresas especializadas em eco-turismo, como a Venturas e Aventuras ou a Ambiental. Apesar do preço ser o mesmo e o roteiro também, as pessoas que procuram as agências acima citadas e similares, estão interessadas em trekking, cultura e natureza. As outras fornecem serviços à turma do axé com cerveja, a turma da farra e da gritaria. Se não é sua praia, fuja como o diabo da cruz. Motivo? Você vai passar oito dias na mesma confortável van com as odiosas criaturas, pelo menos 6 horas de cada um dos oito dias! Quer mais?
Outra dica importante: não vá na conversa de que um simples tênis resolve a questão calçado. Nada mais longe da verdade. As caminhadas são muito duras e o terreno é extremamente perigoso e acidentado. Pedras e mais pedras. Invista numa bota de trekking, cano alto mesmo. Para os que não suportam botas, compre na casa Bayard um dos calçados para todo-terreno da francesa Solomon. São meio caros mas valem a pena. Procure materiais à prova d’água ou de rápida secagem, os melhores para as condições do local.
Tudo providenciado, espírito preparado, lá vamos nós.
Talvez fosse melhor uma triagem preliminar dos passeios:
Imperdíveis, vá mesmo se estiver doente:
Poço Encantado. É a mais linda caverna que seus olhos já viram ou vão ver. Imensa e difícil de negociar, mas vá em frente. Quando você para de andar e chega no ponto em que os guias terminam o sofrimento da descida, não é óbvio que há um lago ali. Há uma coisa muito azul, mas só com calma e observando o suave movimento da água é que se enxerga o deslumbrante lago e seu fundo tétrico. O guia local é ótimo e conta coisas muito interessantes. É, no mínimo, uma experiência emocionante.
Xique-Xique do Igatú. Pode ir, mesmo com esse nome. O trajeto de carro é duro, mas plenamente compensado pelas paradas na bonitinha cidade de Mucugê e seu cemitério bizantino, pelo cenário espetacular do vale do Pati e pelo curioso projeto Sempre Viva. É o dia em que mais se anda de van, mas tudo vale a pena quando se chega à cidade-fantasma de Igatú. As vibrações dos pobres garimpeiros que ali moraram e ali sonharam com a fortuna proporcionada pelos diamantes negros, de uso industrial, ainda pairam no ar. Suas casas de pedra, em ruínas e abandonadas, conferem ao lugar uma atmosfera meio Machu Pichu. Ao mesmo tempo, as casas da minúscula vila habitada, são alegres e coloridas e a região perto da bonita igreja parece um pouco a Toscana. Itália e Peru na Bahia? Pois é, só indo lá mesmo para conferir.
Cachoeira da Fumaça e Riachinho. Longa e bela caminhada, só mesmo para os que gostam de andar. O resultado de tanto esforço é um enorme buraco com uma estranha cachoeira que se vê de cima, deitado à beira de um precipício. Outra caminhada mais bonita ainda, dentro de um cânion de enormes pedras cor de rosa e no fim, uma cachoeira espetacular; é a Cachoeira do Sossego. É mesmo o melhor trekking do roteiro, mas extremamente perigoso pela altura das pedras que se tem que pular como uma cabra de montanha. Para quem aprecia caminhadas e vai à Chapada para isso, não é possível perder esses dois dias com Fumaça e Sossego, que ainda têm de quebra as cachoeiras bonitas do Riachinho e a alegria do escorrega do Ribeirão do Meio; esse último um tobogã natural, com vários furos nas pedras servindo de mini-piscinas de hidromassagem com cor de Coca-Cola! Para quem não quer andar tanto, é possível ir até o início da trilha do escorrega de carro e andar uma hora a pé até chegar na cachoeira, por trilha suave e bem marcada.
Os passeios acima citados, mesmo não sendo para todos, são a cara da Chapada e os considero muito importantes. A famosa vista do Morro do Pai Inácio também, por ser o cartão-postal do lugar, aquela foto que é a estampa da Chapada. A subida de 40 minutos é forte, mas não impossível. Lugar ótimo para gastar filme.
Agora vamos aos passeios bons, mas não imprescindíveis. Perde-los não mata ninguém, mas eles completam muito bem a grande experiência que é a Chapada Diamantina, na certa um dos dez lugares mais bonitos do Brasil.
O rio Serrano e o salão das areias coloridas, mais cachoeira da primavera é um passeio light, bem perto da cidade e uma boa oportunidade para observar o material rochoso que compõe as pedras vermelhas e rosadas da região, ali transformados num mostruário de areias que vão do roxo ao rosa claro. A gruta da Lapa Doce e da Torrinha são duas das principais cavernas da região, muito interessantes. A última é especial por suas formações únicas e possibilidade de passeios variando entre uma hora e meia e três horas e meia. O Poço do Diabo é um lugar lindo, uma cachoeira com cenário tipo filmes do Indiana Jones, cheia de orquídeas, ótimo lugar para descansar e tomar sol.
Infelizmente, não posso opinar sobre a famosa Pratinha, mistura de rio, gruta e lago, outro cartão-postal da Chapada. Nas fotos ela é linda, verde, azul, transparente. No dia que eu fui era um barro só e nem nadar pudemos. Outro passeio fraco, o único, aliás: rio Mucugezinho. Uma cachoeira sem nada demais e uma lanchonete horrorosa. Ponto.
Na maioria dos passeios, um lanche é fornecido; bom, por sinal. Acho que para compensar a total falta de infra-estrutura da Chapada. Os banheiros são horríveis e lanchonetes de chorar. Levar barras de cereais e água mineral não é má idéia, além de papel higiênico e protetores de assento para vasos sanitários.
E, com certeza, uma das melhores coisas da região é a própria cidade de Lençóis. Um charme, construções antigas razoavelmente preservadas, um astral especial. Gente nas portas das casas, tudo aberto como antigamente, a vida acontecendo na rua. Pessoas alegre, simpáticas, hospitaleiras. Interessantes lojinhas e restaurantes, bares e doceiras. Mas talvez mesmo o melhor seja a roda de capoeira que acontece na área do mercado municipal, ás sextas feiras, de 18 até 20.30. É a alma da cidade e da Bahia, brancos e negros juntos, homens e mulheres ensinando mais de 80 crianças a antiga arte vinda da África. É um balé impressionante pela mistura segura de leveza e violência, ninguém se machuca. É diferente da capoeira para turistas de Salvador.
É uma experiência emocionante, um Brasil diferente, mas nem por isso menos Brasil. Assim como a Chapada Diamantina. Nem quente, nem fria, verde forte da mata ciliar misturado a partes de caatinga, muita pedra e muita água cercados por regiões ultra-secas e planas. Uma beleza sem paralelo.
Da próxima vez vou e recomendo o seguinte roteiro: três dias em Lençóis no mesmo hotel Portal, três em Mucugê no hotel Alpina e uma noite na pousada da Pedra em Xique-Xique do Igatú. É um roteiro perfeito para as trilhas sensacionais do vale do Paty, para apreciar paisagem diferente do primeiro roteiro e também para conhecer o povo e as cidadezinhas das outras partes da gigantesca Chapada Diamantina.
GASTRONOMIA BAHIANA 2000
COMENDO BEM NA CHAPADA DIAMANTINA
É possível, diferente do que acontece em outro lugar campeão em eco-turismo no Brasil, Bonito. Em Bonito as opções são poucas e fracas, em Lençóis, cidade principal da enorme área que compõe a Chapada Diamantina, a escolha é boa. Nada de paraíso gourmet, tentações a cada esquina; mas o que há por lá consegue ser bastante satisfatório.
A Chapada Diamantina ainda abriga cidades como Mucugê e Andaraí, mas como não as visitei tempo suficiente para uma opinião gastronômica, vamos nos concentrar em Lençóis, a maior, onde pousam os aviões de turismo.
Também não estive no restaurante que o Guia Quatro Rodas considera como o melhor de Lençóis, o Neco’s de comida típica; em compensação, estive na Foccaceria. É, claro, o único restaurante italiano do lugar e fui lá com uma certa relutância, pois estabelecimento italiano em pleno sertão baiano não parece uma escolha muito sensata. Pois revelou-se o melhor da cidade.
Me hospedei no único 5 estrelas de Lençóis, o simpático Portal Lençóis. A vista é linda, o serviço é ótimo, mas a comida, apesar de boa, não é daquele tipo que você sonha em repetir. É apenas gostosa, porções fartas; é bom fugir das massas, fervidas à exaustão. A moqueca de siri e filés em geral (destaque para o poivre) não decepcionam. Sobremesas inexistem. O restaurante do Portal vale a pena ser visitado pela linda vista, o serviço gentil, as boas caipirinhas e por ser uma das melhores alternativas em termos de comida em Lençóis.
Mas voltando ao Foccaceria: é um lugar que se tem vontade de repetir, sonha-se com massas e sobremesas. Instalado numa bela casa antiga na praça principal, lá é possível saborear massas verdadeiramente al dente, como o famoso fettucine Alfredo, um espaguete ao pesto, uma foccacia fresquinha e um original fettucine com rúcula e tomate seco. Reserve um espaço para a sobremesa, pois o gelado de abacaxi _ delícia com pedaços de coco e abacaxi _ e a torta de limão são ótimas. Para os padrões de preços em Lençóis é o mais caro: R$25 por pessoa, sem vinho.
Um lugar bem simples e barato, mas bom para moquecas e filés é o Picanha na Praça. Ao ar livre, serviço amável, bom complemento para uma moqueca de namorado ou um filé a parmegiana. Um prato dá folgado para dois e uma refeição para 4 pessoas não sai por mais do que R$30 com boa gorjeta.
Duas confeitarias que vale a pena conferir: a Beija Flor pela torta de limão e a Arco Íris pelos brigadeiros, beijinhos e a simpatia do dono.
Mas talvez o lugar que seja mais a cara de Lençóis e do público que freqüenta a Chapada, seja mesmo o Pizza na Pedra. Como o Foccaceria, também é caro para a média da cidade: R$50 para 3 pessoas, meia garrafa de vinho nacional, sem sobremesa, com gorjeta. Como a pizza pequena é média e a média é grande e nós não sabíamos disso, é possível economizar no tamanho.
O dono é paulista, mas não importa, pois ele criou lá uma casa simples e charmosa. As pizzas são boas, os recheios criativos, mas para pessoas que não gostam de queijos fortes é melhor pedir uma 4 queijos sem gorgonzola, mais puxada no catupiry. O motivo é que em todas as pizzas do lugar é utilizado um queijo regional de sabor muito acentuado. Se você é amante de queijo, ótimo. Se não é tão flexível, cuidado: as pizzas do Pizza na pedra parecem comuns e seguras, mas não são. Eu diria mesmo que são uns desafios a paladares dos mais sofisticados! Em todo caso, vale conhecer o restaurante, um point de badalação, nem que seja para tomar um drinque. Além disso, é o único lugar de Lençóis que tem uma carta de vinhos decente.
E alegres sapos pululando entre as mesas no verão!
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