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quarta-feira, 25 de junho de 2014

WASHINGTON - VERÃO 2014

WASHINGTON 2014 Com certeza minha segunda cidade favorita nos EUA. A primeira sempre foi e será Nova Iorque. São Francisco e Seattle completam a lista. Odeio Miami! Mas o que eu gosto ou não a ninguém interessa e é muito pessoal, questão de gosto... Washington foi uma bela surpresa, pois esperava uma Brasília americana e encontrei uma cidade alegre, cheia de vida nas ruas e repleta de jovens. Bonita eu sabia que era, pois filmes e series da TV americana nos fazem conferir tal beleza continuamente. Mas, projetada para ser capital, teve a sorte de ter sido desenhada por um francês de extremo bom gosto e bom senso e o resultado é um conjunto de edifícios modernos e antigos, muito harmoniosos. Repleta de parques e a brisa do rio Potomac que suaviza o calor do verão local. Também me surpreendeu o fato de se poder caminhar por todos os pontos principais; sem precisar de carro. Taxis em abundancia, bom metro e sistema de ônibus. Que outra cidade americana pode se gabar disso? É a cidade monumental nos dois sentidos: majestosa e repleta de monumentos, um mais bonito que o outro. Começando pelo Lincoln Memorial, indo do serio e novo a Martin Luther King, o tocante muro negro com os nomes dos inúmeros caídos na guerra do Vietnam, o soturno e inusitado à guerra da Coréia, o plácido e sereno a Thomas Jefferson. O severo e grande monumento a Segunda Guerra Mundial toca pela tristeza e enormidade de suas conseqüências, do que representa. O obelisco e é um gigante como nem no Egito já fizeram igual e o Capitólio é verdadeiramente majestoso. A Casa Branca é menor do que se imagina e a pé, pode-se chegar relativamente perto da mesma. De carro, nem pensar. Os museus são espetaculares, uma coleção aparentemente infinita de tesouros enfileirados na mesma região. O do Holocausto é impressionantemente horrível e necessário, o Hirshorn é o de arte contemporânea em edifício similar ao Guggenheim de Nova York, o do National Geographic é um sonho de viagens e aventuras infindáveis e o Air and Space, indescritível. Tao interessante que ignorei multidões de ruidosas crianças para me fascinar e embasbacar com aviões de todos os tipos, naves espaciais, robôs que exploram Marte e filmes Imax em planetários majestosos. Há anos que não comia em um McDonalds . No Air and Space, para não sair de lá e não perder um minuto do fascínio que tudo aquilo exerce sobre mim, enfrentei a comida plastificada e valeu o sacrifício. O museu merece um dia inteiro e não cansa, só embasbaca. Nem a NASA na Florida enfeitiça tanto quando o Air and Space. Imperdível! Não tive tempo para muito mais, pois meus amigos americanos, Alva e Ken, me levaram ao famoso cemitério de Arlington onde está o finado John Kennedy, uma experiência tocante. Perto dali, a enormidade do Pentágono e o charme de uma cidade vizinha, a antiga e historicamente importante Alexandria. Suas ruas arborizadas e coloridas, mostram uma arquitetura que só rivaliza com a de Savannah, na Geórgia e com Georgetown, maravilhoso bairro residencial de Washington. Uma coleçãoimprovável de casas de todos os tamanhos e estilos, harmoniosas e bem cuidadas; townhouses e brownstones de Nova Iorque são primas pobres perto das residências de Georgetown e arredores. Que também abrigam inúmeras embaixadas, que pela importância dos EUA, fazem questão de competir uma com a outra em luxo e bom gosto. No lado boemia, a região da U Street, bairro negro que está se tornando cada vez mais estiloso e interessante. No seu renovado Howard Theater, apreciamos a musica Gospel a bordo de um brunch bem ruim, mas astral muito alto pela musica ótima e a plateia majoritariamente negra, muito animada. Há bons restaurantes na cidade, claro, mas nos quatro dias lá nenhum me impressionou. Só mesmo os crab cakes, especialidade local, do clube de golfe dos meus amigos. O Chef Geoff tem 4 casas na cidade e e razoável. Gostei mesmo do café da manha do hotel W, aquela famosa cadeia de hotéis transados mundo afora. Panquecas, omeletes e waffles divinos em ambiente decorado em tons de branco, preto e vermelho. O italiano Aria quebra o galho no Reagan Center, mas os três pontos centrais da cidade e que realmente fazem dela um lugar especial: parques, museus e vistas. Ou seja: ar livre, qualidade de vida andando ou bicicletando com segurança e muita cultura. E claro, com o toque adicional de se estar na capital mais importante do mundo, testemunhando cenas dignas de Jack Bauer, na serie 24 Hours: carros oficiais em escoltas ruidosas, helicópteros da Casa Branca e exercito voando por toda a parte, aquele clima de importância e urgência que os filmes transmitem tão bem. Divertimento certo para toas as idades e programa genial para crianças, pois há vários museus com atividades ótimas para os pequenos. Para os adultos, muitos teatros e agitada vida noturna. E diurna. Sempre. Para Ken e Alva, anfitriões perfeitos. Washington, 18 de junho de 2014

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