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sábado, 9 de janeiro de 2021

GONÇALVES - NATAL 2020

GONÇALVES – MINAS GERAIS – DEZEMBRO 2020 A nova Monte Verde? Há apenas 18 dias estive pela primeira vez em Gonçalves, em minha eterna curiosidade e eventual procura por lugares “perto” de São Paulo. Não se aplica, pois mesmo com transito moderado, é projeto de pelos menos 4 horas de direção. Como fomos por seis noites, valeu a pena. Estrada boa, tudo asfalto, trechos bonitos e sinuosos nos últimos 60 quilômetros finais. Alugamos uma linda casa perto do centro, com vista espetacular, pelo Airbnb. Quem quiser pode me perguntar que dou a dica. Piscina, paz, conforto. O que mais se pode querer nestes tempos tão infelizes? Ah! Talvez segurança. Sensação que tive o tempo todo na região de Gonçalves; coisa de se dormir com a porta da frente da casa e carro destrancados, delícia rara neste Brasil tão violento... Gonçalves é limpa, simples e organizada e apesar de destino turístico, não é “turisteba” como Monte Verde. Há lojinhas interessantes, restaurantes nem tanto, cantinhos curiosos, uma certa “tranquilidade de roça”, com conforto. O conforto se aplica a bom acesso, bons supermercados, farta oferta de produtos frescos e orgânicos e apesar de estar em Minas tem um certo toque paulista, pela proximidade das fronteiras. É mais mineira do que Monte Verde, pela produção de laticínios e as vaquinhas fofinhas nos sítios verdinhos da região. Consegui comprar lá um maravilhoso queijo da Serra da Canastra que não havia encontrado anos atrás na própria Serra da Canastra. Região fria, muita chuva, geografia íngreme, bonitas paisagens e, ouvi dizer, trilhas desafiadoras e grande fartura de cachoeiras. Ficam todas estas aventuras para a próxima vez, minha primeira visita foi coisa de família, sem tempo para caminhadas que adoro. Visitei o hotel Vida Verde que parece bom, dirigimos bastante pelas estradas de terra da região, com verde intenso neste começo de verão. Carro é essencial em Gonçalves, pois tudo é distante e veículos resistente a estradas de terra são aconselhados. Como nossa casa alugada era muito confortável e meu genro é bom churrasqueiro e gosta de cozinhar, só conheci dois restaurantes locais, o Ao Pé da Pedra e o Sauá. O primeiro é simples e ruim, o segundo mais sofisticado e bom. O Sauá conta com carta de vinhos surpreendente a preços incrivelmente convidativos e pratos ousados como strogonoff flambado na cachaça, filé ao molho de café, linguiça supostamente considerada a melhor do Brasil e outras delícias. Valeu a viagem de 11 quilômetros de nossa casa até lá. Bom GPS e coragem também são uteis nesta região onde sinal de celular pode falhar com certa frequência. Comparando Campos do Jordão, Monte Verde, Santo Antônio do Pinhal e Gonçalves, todas elas na Serra da Mantiqueira e relativamente próximas, há de tudo para todos os gostos: Campos para agito urbano e mais opções de hotéis e restaurantes. Monte Verde para trilhas ótimas e óbvias, em grande variedade do mais fácil até o muito difícil. Boas compras e atualmente, farta oferta gastronômica, em região pequena, onde tudo é mais ou menos perto. Santo Antônio do Pinhal tem o melhor acesso das 4 cidades, bons restaurantes e pousadas sofisticadas. Mas o centro é sem apelo e a geografia não ajuda. Gonçalves é a mais genuína, “roots”, menos turística, mais alternativa e eu voltaria com certeza para explorar as belezas naturais. Voltar às outras três que já conheço melhor, não sei... Aos queridos Melman, companheiros de Gonçalves. Lufingen, 3 de janeiro de 2021.

Um comentário:

  1. Descrição perfeita de Gonçalves. O sossego e a natureza que nos atraem.

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