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sábado, 6 de fevereiro de 2021
CIRCUITO DO CHOCOLATE SUÍÇO - FEVEREIRO 2021
CIRCUITO DO CHOCOLATE SUÍÇO
FEVEREIRO 2021
Na total falta do que fazer e com tudo fechado devido ao infernalmente persistente coronavirus,neste inverno suíço, me dediquei a conhecer o que o Estadão local (TAGES ANZEIGER- jornal top da Suíça) classificou como “as melhores confeitarias do país”. Como estou no meu 22º ano de vindas constantes a este reinado absoluto do chocolate e conheço bastante do cenário gastronômico local, lá fui eu, de trem, a várias cidades conferir se o jornal tinha razão ou não. Tinha. Total.
Primeiro, voltei a Basel e me deliciei com marzipãs verdes dentro de singelas casquinhas de sorvete, bombas trufadas crocantes e marrons glacés da Brändli, minha velha conhecida. Imbatível nestes quesitos.
Depois voltei a Winterthur para ver se a Vollenweider ainda estava boa. Estava. Suas trufas, junto com as da Teuscher, de Zurique, não tem concorrência e é impossível igualar o sabor e frescor dos ingredientes usados nas de champanhe ao leite, nas amargas e na Carmen, criação singular da Vollenweider. Esta última, oferece também bombas de tudo, ou seja, recheadas de todos os cremes celestiais possíveis e imagináveis, com coberturas que além de deliciosas, são verdadeiras obras de arte, lindas. Esta casa-símbolo da bonita, rica e fria Winterthur, vende os melhores dragês do mundo, aquelas pastilhas de chocolate cobertas por confeitos coloridos.
Na Sprüngli, braço chique e confeiteiro da industrial Lindt, descobri mini-trufas Liliput e os marzipãs de frutas mais caros e mais saborosos do país. Nível dos belgas. Na Sprüngli, na hora do almoço exclusivamente, se compra sanduíches take-away maravilhosos e o melhor müsli deste país que inventou a iguaria. O de frutas vermelhas é uma refeição por si só, saudável e deliciosa.
A bordo dos confortáveis, limpos e quentinhos trens suíços, conheci Fribourg, uma linda cidade na parte francesa da Suíça. O centro antigo, maravilhosamente preservado, ostenta uma catedral que é verdadeira miniatura da Notre Dame de Paris. Fui lá por causa da chocolateria Fleur de Cacao, artesanal. Seus caramelos, na verdade mais para ganache francês ao leite, são diferentes e deliciosos. Mas como estas coisas artesanais não fazem bem meu gênero, voltaria a Fribourg pela cidade, museus, passeios, restaurantes e atmosfera histórica. A Fleur de Cacao é para quem gosta de ver os donos fazendo os chocolates numa fabriqueta em meio à loja, coisa bonita mas que compromete um pouco a qualidade dos produtos, altamente perecíveis.
Lucerne, onde já estive muitas vezes, me apresentou a chocolateria Max KÖNIG, a única das acimas citadas que só vende chocolate, nada mais. Na Suíça, confeitaria é mescla de padaria, doceira e chocolateria. Noventa por cento é assim e estranhei a loja bonita, chique e discreta Max König. Mini bombons do gênero chocolate-moderno, com recheios exóticos e sabores alucinantes. Vale muito os 52 francos por modesta caixinhas com 24 micro-bombons. Em reais, nos tempos que correm, mais de 300 reais por tal mimo... Vale? Para viciados como eu, muito!
Ultima parada: Lugano e a confeitaria-restaurante Al Porto. Panetone pesado e rico na fartura de frutas e nozes, biscoitinhos Amaretti fofinhos, derretendo na boca e castanhas confeitadas. Além de quiches de tomate e abobrinha, “to go”. É um café elegante e antigo, com mesas bloqueadas pela pandemia, vitrine de estontear. Vale visitar Lugano nem que seja para “estacionar” em frente a Al Porto e maravilhar-se com os acepipes.
Na próxima vez irei a Genebra, Perroy e St. Gallen conferir outros locais mencionados no jornal. Também tentarei visitar a Bertram’s onde supostamente se encontram os melhores profiteroles da Suíça. Fui e estava fechada. Espero que não permanentemente nestes tempos em que este vírus maldito destrói vidas e lugares...
Lufingen, 6 de fevereiro de 2021
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Amei!!!
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