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sábado, 12 de fevereiro de 2022
FILADÉLFIA - FEVEREIRO 2022
UM DIA DE SOL NA FILADÉLFIA
Gelado, lindo, nevado.
Meu primeiro e feliz contato com esta cidade que inspirou o filme de Tom Hanks, berço da democracia americana e anfitrião do segundo maior museu de arte dos Estados Unidos. Só perde, pero no mucho, para o Metropolitan em New York. Primeiramente, pela espetacular localização, numa colina beira rio, ponto final de uma majestosa avenida arborizada e repleta de monumentos. O lugar é tipo templo grego que faz do Paternon um anão sem graça.
A majestade da construção também inspirou Rocky Balboa, o mítico boxeur vivido por Stallone no filme Rocky. Ele se exercitada pelas escadarias infinitas na busca do título e reconhecimento neste esporte. Em homenagem ao famoso personagem, uma estátua em frente ao museu, que atrai mais selfies do que todo o resto!
A fachada e entorno do Philadelphia Museum of Art impressiona, mas nem de longe anuncia os inúmeros tesouros ali guardados, que vão de templos e casas de chá japonesas, inteiros e completos, a ambientes inteiramente importados da China e índia para compor o embasbacante terceiro andar, quase todo dedicado a arte asiática. O primeiro andar não é tão impressionante, mas para quem gosta de arte americana, é ambiente de respeito. Também abriga um dos melhores restaurantes dos EUA, o Stir. Comida moderna e ousada, poções generosas, num ambiente que Frank Gehry revitalizou recentemente. Aliás, o famoso arquiteto americano repaginou e desencavou espaços no museu, como as galerias e corredores com tetos abobadados, coisas quase esquecidas e enterradas nos porões do museu.
O segundo andar abriga arte dos impressionistas mundiais até os contemporâneos, em sua maioria europeus e norte americanos. O numero de obras importantes é estonteante e o espaço intitulado Rotunda é uma verdadeira ode ao bom gosto em pinturas de Monet, Renoir e outros gênios deste calibre. A sala com os trabalhos de Marcel Duchamp é considerada como uma das mais importantes coleções deste artista francês, em todo o planeta.
Programaço de dia inteiro, facilmente executado de Nova York, uma hora de trem da recém-renovada Penn Station no coração da cidade, até a magnífica central de trens da rua 30TH, no coração da Filadélfia. O museu é uma agradável caminhada de meia hora dali, numa bela trilha beira rio que o Google Maps indica com perfeição.
Nada como os bons trens Acela da Amtrak, quase comparáveis aos europeus, sem o estresse de aeroportos, aviões e táxis.
Inesquecível dia de arte e gastronomia, no último dia gelado de janeiro.
Zurique, 05 de fevereiro de 2022.
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