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sábado, 5 de fevereiro de 2022

CINCO MUSEUS - NOVA YORK FEVEREIRO 2022

Dez dias e cinco museus – Nova York FEVEREIRO 2022 MoMA para começar, é lógico. Depois de dois anos pandêmicos e longe de minha amada Big Apple, o museu de arte moderna mais charmoso do mundo foi a primeira parada. Breve, para almoçar no sensacional The Modern e ver com calma a mostra dos trabalhos maravilhosamente ecléticos da artista suíça Sophie Tauber-Arp. Ela trabalhou com óleo, litogravuras, tecido, tapeçaria, madeira, vitrais. Um sem número de peças muito bem curadas, traçando a trajetória desta artista singular, muito adiante de sua época. Não sou fanática por fotografia, mas a filial americana da sueca Fotografiska é local de respeito, numa casa antiga e muito agradável perto do restaurante estrelado 11 Madison Park. A casa é uma construção que estaria perfeita num dos livros do Harry Potter e em seus seis pequenos andares pudemos apreciar fotos curiosas de artistas alemães, coreanos, franceses e americanos. No piso térreo um café simpático e uma lojinha linda. Whitney desta vez brilhava com uma giga-exposição de Jasper Johns, Mind and Mirror. Por total coincidência havia visto há poucos dias, a exposição correspondente, no Museu de Arte da Filadélfia. A do Whitney é bastante maior e interessante, fora o fato de que este tipo de mostra no Whitney é grandemente realçada pela vista do Hudson, pela maravilhosa luz natural do museu projetado por Renzo Piano. Não sou fã de Jasper Johns, mas esta exibição é tão interessante, que relevei minha falta de entusiasmo pelo artista. No mesmo dia, mostra super original sobre a influencia da arte francesa nos desenhos de Walt Disney, principalmente, Branca de Neve, Bela Adormecida, A Bela e a Fera e Cinderela. Ambiente escuro e musical, iluminação perfeita, matéria de sonhos que me fez lembrar a infância, apesar de não ser indicada para crianças, pois a curadoria do Metropolitan é ultra-sofisticada e totalmente voltada para o luxo e fausto da época dos reis franceses. É história, arte, desenho; nada de diversão infantil. Também no Metropolitan, a exposição das esculturas-gigantes do artista americano Charles Ray. É um “gosto adquirido”, pois a reprodução do corpo humano, na visão deste controverso artista, não cai no gosto popular facilmente. Amei. Finalizando, prestigiei o Guggenheim, longe de ser meu favorito na cidade. Muitos Kandinskys, que pouco aprecio, mas uma divina surpresa nas fotos da inglesa Gillian Wearing no espetáculo intitulado Wearing Masks (nome bastante apropriado aos dias que correm). Seu trabalho é ao estilo da americana Cindy Sherman, que adoro, mas Gillian de um modo bem britânico, é mais contundente, mais humor negro, mais elegante. Evita cores, prioriza os trabalhos em preto e branco e técnicas multimídia. Mesmo semi-derrotada pelo Coronavírus, Nova York vive com garbo suas tradições culturais de raíz. Tem de tudo, para todos. Zurique, 05 de fevereiro de 2022.

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