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sábado, 22 de janeiro de 2022
SUIÇA 2022 - ANDERMATT E SCHWYZ
SUIÇA 2022
Inverno em Andermatt e Schwyz
Neste começo de 2022, quem está salvando o turismo de inverno suíço é, pasmem, nossos turistebas tupiniquins, substituindo em bem menor numero, os chineses e indianos que sumiram do país. Brasileiros fascinados por neve e civilização, conforto, segurança e boa comida, visitam o pequeno e rico país alpino e até o maior jornal local, o Tages Anzeiger, publicou matéria de página inteira na semana passada, relatando o fenômeno. Que é fenômeno mesmo, visto que o cambio do real e franco suíço é altamente desfavorável a nossa sofrida e combalida moeda e mesmo em bons tempos, a Suíça é um dos países mais caros do mundo. Mesmo assim, os brazucas vão, gastam e se divertem. No momento que escrevo este artigo, a Suíça nem mais exige teste de covid para entrar no país. Só vacina.
Voltamos a Andermatt, que conhecíamos sob o sol do verão e agora conhecemos sob o sol do inverno. Muita neve contrastando com o céu muito azul, noites claras e estreladas, tudo lindo e confortável. Gostamos de Andermatt em qualquer estação. Pelo fácil acesso, pelas boas e acessíveis opções de hospedagem, pela paisagem, pelas caminhadas deliciosas, pelo ar puro, pelos bons restaurantes.
Não é lugar para compras, as lojas nada têm de especial. O especial fica por conta das paisagens alpinas majestosas, dos bondinhos que nos levaram aos 3000m de altitude, acima quase das nuvens. Especial também o almoço ao ar livre, no meio da neve, sob o abençoado sol das 3 da tarde e o calor do vinho branco que gela naturalmente enterrado na neve. Calor das batatas rösti com bacon e ovo frito, das sobremesas de maçã fumegantes. Faz fila para tal preciosa experiência no bar do campo de golfe do hotel Radisson. Imperdível...
Na volta a Zurique, paramos em Schwyz, lugar de grande importância histórica para os suíços. Nos dois museus estatais conferimos o tratado de formação do país, dos idos de 1200, sua história muito diferente, um contrato social entre quatro “tribos” falando línguas diferentes, mas que acabaram se unindo para formar um país maravilhoso e escapar das garras dos imperadores austríacos. Relevaram diferenças culturais e linguísticas e conviveram harmoniosamente com a separação da igreja católica e protestante, séculos depois, que poderia ter ameaçado a própria existência do país. Hoje em dia a Suíça tem uma das rendas per capta mais altas do mundo, falam quatro línguas, 30% de sua população é composta de estrangeiros e tudo funciona tão bem como a precisão de seus famosos relógios.
Além dos museus, o centro antigo é lindo e bem cuidado e as opções gastronômicas são de primeira. A confeitaria Haug tem um café com ambiente tradicional e refeições acessíveis e para quem quiser gastar, o restaurante do hotel Wysses Rösli é bastante aprazível.
A prefeitura é uma atração singular, pois sua fachada é totalmente tomada por pinturas em tons de ocre, marrom e amarelo, retratando de maneira belíssima, uma das várias batalhas pela independência do lugar.
Zurique, 22 de janeiro de 2022.
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