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quarta-feira, 11 de junho de 2025

ALEMANHA - MAIO 2025 - FRANKFURT,BERLIM,COLONIA E LEIPZIG

PODEROSA ALEMANHA – MAIO 2025 Voltei a Berlim, onde iniciei o ano me embasbacando com a capital alemã. Agora, na primavera, com um clima um pouco menos rigoroso, admirei ainda mais a arquitetura e a história desta magnifica capital europeia. Especialmente no Gendarmenmarkt, uma das praças mais bonitas do mundo, recém reformada. O amplo espaço que abriga três edifícios espetaculares, com a Opera no meio, é uma ode ao estilo clássico francês que apesar da grandiosidade, não intimida, convida. A aproveitar vistas e espaços cercados pelo meu restaurante favorito, Lutte & Wenger, pelo Newton Bar e por uma sorveteria semi-deliciosa. Os dois hotéis localizados no entorno são os melhores lugares para se aproveitar Berlim de ângulos menos turísticos e estrategicamente localizados para compras no agradável Berlin Mall e acesso confortável ao centro cultural mais sensacional da Europa, que é o novo Humbolt Forum. O lugar já foi um palácio poderoso, quase totalmente destruído na Segunda Guerra e recentemente reaberto como centro cultural. A fachada principal é deslumbrante em seu esplendor Versailles e o “recheio” é 100% moderno, abrigando vários museus etnográficos, com exibições permanentes e temporárias maravilhosas. Há cinemas, teatros, quase tudo grátis, inclusive os porões lúgubres que têm 800 anos de existência, a única parte antiga que sobrou da construção original. Paguei 7 euros para ver uma mostra de arte e não paguei para ir ao rooftop que tem a vista mais linda de Berlim, pois dá de cara com os museus fenomenais da Museum Insel. Em dia de sol, imperdível. Fica a dica de almoçar no caro e elegante restaurante, deliciar-se com as iguarias bem modernosas, a vista única sem multidão e entrada livre, pois clientes gastronômicos não pagam. A Alemanha, com poucas exceções, não é destino gourmet e a comida local básica é fraca e o serviço é aquela “luta” de país rico europeu que emprega muito pouca gente. Como há bastante o que ver e fazer, não importa muito. É uma cidade para várias visitas e infinitas descobertas. E caminhadas super interessantes, pois a cidade é plana, fácil e segura. Estive também por um dia na chata Köln (Colônia), que de legal só tem a divina catedral e o Museum Ludwig (ótimo restaurante) ao lado. Bate e volta de Frankfurt, fácil. Imperdível pela mega igreja que é mesmo uma das mais lindas do mundo, um show de harmonia, sobriedade e bom gosto. Com direito a vitrais icônicos do artista vivo mais valioso do mundo, Gehard Richter. A igreja, apesar de católica, não tem aquele espetáculo brega de santos coloridos e macabros de quase todas as outras. É um lugar de paz, meditação e oração. Grandiosa, mas intimista... A curta estadia em Frankfurt valeu bastante para quem já esteve no enorme aeroporto tantas vezes e nunca havia, até então, saído dele. Moderna e elegante, é mais para Nova York do que Londres, repleta de engravatados e poucos turistas. Vi um concerto na Opernhaus, como sempre na Alemanha, de qualidade imbatível e preços camaradas. Música é parte da cultura germânica e foi com este espírito que escolhi visitar a terra de Bach, Leipzig. Leipzig tem história conturbada e sofrida com tantas guerras e dominação soviética, mas é uma fênix oriental, estilo miniatura de Berlim. Acessível, repleta de parques e lagos, música todos os dias nas igrejas e teatros, tudo referenciando Bach e esta cidade onde viveu por tantos anos. Há um museu interessante sobre este grande compositor e ele está enterrado numa bonita igreja ali perto. Sua lápide espartana é parte do altar, uma bonita homenagem a quem compôs músicas celestiais como ele. Claro que concertos ali são uma experiencia de vida, custando nada, ou quase. A reconstrução de Leipzig é uma das coisas mais impressionantes dali, ora moderno, ora antigo, sempre harmoniosa e de bom gosto. A grandiosa Opera da cidade é outra maravilha antiga-moderna que funciona muito bem. Até o zoológico vale a pena! A cidade é fora de mão, mas se estando em Berlim o trem ameniza a distância e é perto de Dresden também. Como nada é perfeito, muito menos em viagens, não custa lembrar a incautos brasileiros que o clima, como Berlim, é péssimo 10 meses ao ano. Superando isso, prepare o guarda-chuva, as galochas e casacos e divirtam-se! Não esquecendo também que o povo da ex-Alemanha Oriental é ainda menos “fofinho” do que todo o resto do país... São Paulo, 11 de junho de 2025

Um comentário:

  1. É bom saber que Berlim continua super interessante e oferece uma vida cultural a preços módicos.

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