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domingo, 29 de abril de 2012
PÁSCOA SEM CHOCOLATE E COELHO
PÁSCOA EM SANTO ANDRÉ
Primeira vez.
Já estive na que chamo “a praia mais bonita do mundo” várias vezes em abril, mas nunca na Páscoa; que este ano caiu no começo de abril, proporcionando assim uns dias ensolarados e com temperaturas mais amenas do que as auferidas no efervescente calor baiano e ainda sem chuva. Perfeito para paz e descanso, 4 noites divinas na pousada mais pé-na-areia do Brasil, minha querida Victor Hugo. Cozinha renovada, as bruschettas estão de novo ótimas e o arroz de polvo faz par com a casquinha de siri no quesito: frutos do mar deliciosos! O serviço é como sempre gentil e eficiente.
Restaurantes Jacumã e Pousada do Corsário seguem maravilhosos e os preços em Santo André são bem razoáveis para uma paulista como eu, vítima do verdadeiro roubo que virou o setor hoteleiro/restaurantes e similares pelo Brasil inteiro, minha cidade natal mais cara do que Paris ou Nova York. Compensa a política de custos sensatos, pois na normalmente vazia Santo André a maioria das pousadas e o hotel-brega-CVC estavam bastante movimentados.
Mas nem tudo é sol e beleza em Santo André. A má notícia é o súbito e misterioso fechamento do querido Casa Praia, a única opção de divertimento noturno na pacata demais Santo André. Uma pena...
O novo dono já está reformando para reabrir, mas como bar de praia e não como cinema e centro de performances artísticas-baladeiras sob o comando dos inigualáveis Pablo e Amadeo.
O que me leva a pensar que neste mundo comandado por esforços de marketing e promoções infindáveis, resultando em enorme competição no setor turístico, especialização e renovação constantes são a chave do sucesso. Nichos de mercado. Não dá para competir com vizinhos gigantes? Especialize-se! Seja o melhor no seu setor, nem que ele seja um mero carrinho de pipoca. Sua clientela é gay? Promova seu hotel e restaurante para eles/elas. Marketing barato e direto no Google e no Facebook.
Cenários românticos, idílios para casais? Invista nos quartos e no restaurante. Estratégia que, pessoalmente, como hóspede e amiga do dono e do gerente da pousada Victor Hugo, sugiro a eles. Bons banheiros, iluminação para leitura correta, televisão a cabo nos apartamentos, telefone para os hóspedes pedirem lucrativas bebidas e petiscos. Cardápio criativo aliado aos cocos e deliciosos pratos baianos podem dar bons resultados. Com o “upgrade” pode-se promover a pousada e sua localização mais que perfeita em agencias de turismo chiques das grandes capitais. O marketing do “luxo sem ostentação”, com pitadas ecológicas que tanto agradam a certos setores endinheirados no Brasil. Quem apostou nisso com sucesso foi a bela Vila dos Orixás, em Morro de São Paulo. Anda repleta de gente bonita, gastando para valer na pousada.
Afinal, o medonho hotel vizinho, Costa Brasilis se especializou no “público genérico” – termo politicamente correto para gente brega e barulhenta. Com grande êxito e sem poluir a praia ou perturbar os vizinhos.
E viva Santo André!
Zurique, 29 de abril de 2012
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