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domingo, 11 de novembro de 2012

versao atualizada do artigo Vegas e Orlando

FOLIAS AMERICANAS LAS VEGAS E ORLANDO - NOVEMBRO 2012 Dois lugares artificiais, duas cidades muito divertidas. Já estive em ambas varias vezes e resolvi voltar para conferir novidades. Primeiro Vegas e o espetacular complexo comercial e hoteleiro, City Center. Arquitetura arrojada, sem nada de “parque temático”, coisa comum em vários hotéis da área. Não é voltado a famílias e o forte são os adultos e convenções. Muita moçada bonita do Cosmopolitan, os menos endinheirados no Vdara, os chiques no Mandarim e os “genéricos” no Aria. Restaurantes variados, nada de muito bom. Mix, com decoração Jetsons bem legal mas cozinha fácil de esquecer. Aliás, fujam do Sage, com seu foie gras em forma de maionese pavorosa e cordeiro semi-podre com cheiro de curral – sem piada, minha irmã não saiu do banheiro no dia seguinte. Comida correta no Postrio de Wolfgang Puck, no horrendo hotel The Venitian e supimpa no Restaurante Joel Robuchon. Continua sendo o melhor de Las Vegas e assim será. A mentalidade de grandes estabelecimentos gastronômicos que “era uma vez” reinava por lá, o vento levou. O mesmo “vento” que trouxe a recessão americana já iniciada em 2007, matou uma cena gourmet que estava florescendo por ali. Pena... Nada de diferente nos cassinos, mas o hotel Vdara em que nos hospedamos, não possui um, coisa muito rara na cidade. Torna-se um oásis de paz em meio a tanta jogatina. O hotel é “bom e barato”, excelente custo beneficio com enormes suítes, vista estonteante entre outras amenidades, por cerca de 250 dólares a diária. O shopping center do complexo, Crystals, é pequeno e bem luxuoso, lindo na sua concepção “cristal não lapidado”, coisa para quem pode. Só há marcas de grifes Robb Report. Poucas e boas. Um café e um restaurante para almoçinhos rápidos. Só. O resto é a força das marcas ultra Premium de joias e roupas que não precisam de maiores explicações. JK e Cidade Jardim não chegam nem perto... Shows e gastronomia fracos desta vez. O novo espetáculo do Cirque du Soleil, Zarkana, não poderia ser pior. Participação pesada de palhaços, coisa que detesto. Menopause não vale a pena e o magico David Copperfield, apesar de bonitão e competente, apresenta show mais para programa de auditório do que ilusionismo sofisticado. Sinal dos tempos. O melhor mesmo, foi a apresentação barata e singela, em cassino mega brega, do magico Mac King. Por menos de 50 dólares, com direito a buffet-monstro, o publico se diverte com seu senso de humor simples e aguçado e alguns truques interessantes. Altamente recomendado. Orlando para mim, desta vez, significou os estúdios da Universal e o ótimo hotel Portofino, dentro do complexo dos dois parques. Muito adequados a adultos e adolescentes, com algumas concessões a criancinhas, as atrações do estúdio de Hollywood que celebra seus 100 anos de existência, são bastante divertidas. A maravilhosa e alucinada montanha russa se faz passar por escola do Harry Potter, vale muito as longas filas e para quem gosta de coisas mais arrojadas ainda há varias “corridas malucas” pelos 2 parques. Adorei Spider Man, Terminator 2, Minion Mayhem, Simpsons, o show de maquiagem, o de rock Beetlejuice e o espetáculo com animais. Como também o autointitulado “o maior Hard Rock Café do mundo”. É enorme, a comida é boa, serviço muito simpático e se escapa da porcariada dentro dos parques. Outras opções adultas de bares, restaurantes, shows ao vivo, lojas e cinemas podem ser encontradas no City Walk, uma espécie de pré-entrada ao complexo Universal. Do estacionamento já se sai direto nos cinemas e numa parafernália de luzes e cores muito legal. Boa maneira de fugir em pouco dos parques e suas multidões em certas épocas do ano. Fina comida e hospedagem no caro hotel Portofino. SPA delicioso, piscina imitando praia, jardins e lagos refrescantes, quartos grandes e confortáveis, localização perfeita, visual tão agradável que até parece um pouquinho a cidade italiana de mesmo nome, inspiração para o lugar. Acesso a pé para os parques, mas distante o suficiente do vulgo populacho que frequenta os mesmos. Mas para mim que já estive cerca de 7 ou 8 vezes tanto em Orlando quanto em Vegas, já chega. O mundo é grande e há muito, muito, muito para se conhecer. Mas para quem não conhece, as duas cidades são um paraíso de diversão, compras e uma cafonice deliciosa. Sem dizer da “atração calórica-visual” dos obesos, em numero impressionante nos dois logradouros. Sem vergonha na cara, total: agora tem “bike-gorda”; significando bicicleta elétrica, reforçada e confortável para que não se exercitem nem um segundo e comam ainda mais enquanto negociam as ruas de Vegas, os cassinos, os buffets “coma-ate-morrer-por-20-dolares-em-24-horas” e principalmente, os parques de Orlando. Para que andar? O legal é ter uma bunda tão gigantesca que não cabem em certas montanhas russas onde os assentos precisam ser do tamanho de gente normal. Há até o “teste-bunda”, assentos fora das ditas atrações para que os monstrengos “provem” se cabem lá ou não. Tipo “provador de traseiros”! Only in America... Orlando, 10 de novembro de 2012

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