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domingo, 28 de setembro de 2014

CURITIBA ROCKS! - SETEMBRO 2014

Grandes Cidades Brasileiras CURITIBA – primavera 2014 Rio e São Paulo são as mais obvias, Salvador seduz pelo mar e importância histórica, Porto Alegre como centro cultural. Não ia a Curitiba há mais de 12 anos e resolvi incluí-la na lista VIP pelas razões abaixo e várias outras. Curitiba encanta pela limpeza, organização e eficiência de seu povo. Ótimos hotéis a preços camaradas, restaurantes gourmet, shoppings de primeira, parques, museus, shows e teatro. Ok, o tempo não é lá destas coisas. Chove muito, mas os prazeres urbanos da cidade podem ser apreciados a portas fechadas, como é o caso do esplendido Museu Oscar Niemayer. Aquele mesmo do olho. A arquitetura de nosso grande mestre brilha ali neste museu que, grande, engloba mostras de arte ultramoderna, fotos, arte clássica, café e loja. Em meio a um parque verde e muito espaço. Vi uma excelente exibição de fotos da artista mexicana Frida Khalo. O artista paranaense João Turin brilhava com suas esculturas poderosas dentro do “olho” e diversas mostras contemporâneas se misturavam ao acervo pequeno e clássico do museu. Havia até feira de cerâmica, um café delicioso e uma loja bem sortida onde comprei duas blusas sensacionais. A velha e extinta revista O Cruzeiro merecia uma exposição de seu importante foto jornalismo e até plumária indígena encontrava espaço no museu. Um exemplo de como também usar um museu que toma área de 35 000 m2 como espaço para workshops e manifestações de arte popular. Deve-se reservar pelo menos 4 horas para este museu; grande, com mostras de vídeos das mais intrigantes e muito chão a percorrer. Um dos museus mais ricos e interessantes do Brasil. No campo teatral Curitiba oferece o festival de teatro mais concorrido do pais, geralmente em março, mas fora de época é possível ver bons espetáculos como o louquíssimo texto inglês, muito bem adaptado por Miguel Falabella, O Que o Mordomo Viu. Com o próprio e Marisa Orth. No enorme e histórico Teatro Guaíra, numa praça central em frente à belíssima mansão que a briga a Universidade do Paraná. Compras ficam por conta dos vários shoppings da cidade, destaque máximo para o Pátio Batel, novo e chiquérrimo, uma espécie de JK menor e mais agradável. Muita iluminação natural tira aquele sentido de shopping-prisão que impera em São Paulo. O restaurante Pobre Juan de lá é melhor que os de SP e o serviço incomparavelmente mais atencioso e eficiente. Há uma confeitaria que vende macarrons e brigadeiros, que além de linda vende confeitos maravilhosos. Também abriga o maior, mais eficiente e melhor cabeleireiro do Brasil, o Torriton. São 2000 metros quadrados de área bem decorada e só manicure, há 30! Fiz depilação, mão e escova por 150 reais. Em 45 minutos. Eficientíssimos, simpáticos. E olha que era um sábado e o salão estava lotado! Ali perto, a Arena da Baixada, estilo Curitiba. Chique, sóbria, parece em centro cultural e nada lembra que é um estádio de futebol. Sobriedade e bom gosto. Na gastronomia, o Terra Madre brilha e a adega é genial, pois o restaurante faz parte de uma loja de vinhos. Foie gras e camarões precedem uma sobremesa sensacional, meio tiramissu, meio pavê. Imperdível. Ambiente agradável, bom serviço. Para quem quer chique e moderno, o Manu é certamente um dos melhores do Brasil. O mínimo que se come são 10 pratos e são todos surpresa, privilegiando ingredientes bem brasileiros, apresentados de forma bonita e criativa. Para os ousados é uma opção imperdível. Ambas as casas acima citadas contam com uma estrela no Guia 4 Rodos, mas suspeito que o Manu, pelo fator inovação, será alçada a duas num futuro não muito distante. Pela inovação e originalidade. Eu fico com o aconchego e a cozinha mais europeia do Terra Madre. E os vinhos! São Paulo, 28 de setembro de 2014

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