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sábado, 2 de julho de 2016

VERÃO, FESTA DE RUA E ARTE NA EUROPA - 2016

VERÃO 2016 NA EUROPA COM ARTE, HISTÓRIA E FESTA DE RUA A Suíça no verão se transforma em outro país e a informalidade toma conta deste pequeno país montanhoso, conhecido pelos bancos secretos e a discrição de seu povo. Em Zurique, a cada 4 ano ocorre a Festa de Zurique (Züri Fäscht), como agora, neste primeiro fim de semana de julho 2016. Por toda a cidade, centenas de food trucks, caipirinhas a 50 reais, Havaianas sendo vendidas por 120, barracas promovendo até bolsas fake – coisa impensável em tempos normais – baladas, esportes radicais, parques de diversão, atrações para todos os tipos de gente e para todos os bolsos. Shows gigantes com cantores como Adele e Andrea Bocelli, ao longo do lindo lago de Zurique, são iluminados por 45 minutos ininterruptos de fogos de artificio sensacionais. Por 3 dias consecutivos, tudo limpo, alegre e muito bem organizado. No setor de arte contemporânea, a MANIFESTA 11, uma das exposições mais loucas que já assisti na vida, corre solta durante meses na cidade. É uma mostra de arte europeia, itinerante, uma bienal de rua, cujo propósito é trazer gente que nada sabe de arte, a museus e espaços culturais. Através de peças pouco ortodoxas como esculturas de coelhos engolindo porcos, espaços gigantes preenchidos por cocô dos habitantes de Zurique e um espaço de madeira flutuando no rio, com um bar dentro, para ilustrar como se gasta dinheiro à toa. Apesar da maluquice, é uma iniciativa séria e a prefeitura da cidade dá a maior força. Gastam milhões da valorizadíssima moeda local, trazendo bloggers famosos como Bendrit Bajra, de 20 anos e milhões de seguidores no Facebook, para apreciar o The Zurich Load, o quarto de merda acima citado, do artista americano Mike Bouchet. Já o luxuoso bar flutuante no lago, bem em frente aos famosos e riquíssimos bancos do país, chama-se What people do for Money e o reflexo do lago reflete o desperdício de dinheiro que atormenta o mundo moderno. À uma hora da cidade, visitando Sankt Gallen e seu precioso centro antigo, nos deparamos com a Stadtsbibliotek, uma das bibliotecas mais antigas do mundo, uma jóia encravada em outra, a catedral da cidade. Arte barroca ultra preservada numa cidade que também exibe uma das escolas top de economia. O maravilhoso hotel Einstein, também no centro, torna a estadia de final de semana perfeita. Seu restaurante de uma estrela Michelin é moderno e minimalista. Por toda a Suíça, no verão, existe este contraste forte entre o contemporâneo e o antigo, o formal e o informal, os churrascos de salsichão branco lado a lado com restaurantes engravatados. Os kite surfers que não tem o mar mas se viram com uma tirolesa pelo rio, fazendo acrobacias incríveis ao lado de cisnes brancos e negros, plácidos e elegantes. Os amantes da musica tem ainda a opção bárbara do Festival de Montreaux, na cidade de mesmo nome. Ali, no dia 10 de julho, acontece o Brazilian Dream, com nomes de peso como Maria Rita e Ana Carolina. Como diz a imprensa suíça, “é Copacabana no lago Léman”. Vale tudo e vale a pena! Zurique, 02 de julho de 2016.

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