Translate

sábado, 13 de julho de 2019

48 horas em LONDRES - julho 2019

48 HORAS EM LONDRES JULHO 2019 Não ia a Londres há mais de 20 anos e dois dias na fabulosa capital inglesa são melhores do que nada e com o delicioso pretexto de visitar uma querida amiga, fiz um bate-volta de Zurique muito proveitoso. Com o Heathrow Express, um trem ótimo que vai do aeroporto ao centro em 15 minutos, cheguei à estação Paddington e de lá andei cerca de uma hora e quinze até meu hotel, muito bem localizado em Bloomsbury, perto do Soho e do West End, a Broadway britânica. Chegar a uma grande capital e caminhar de cara é uma maneira que encontrei de mergulhar nas vibrações da cidade rapidamente, imersão total. Só com uma leve mochila é um projeto saudável e viável. Principalmente no inicio do verão inglês, em dias ensolarados e secos. Como o objetivo da rápida viagem era a amiga e a cidade, optei por um hotel baratinho e bem localizado, que valeu muito a pena. Feio e muvucado, o Royal National é ótimo custo-benefício para quem só dorme e toma banho, que foi meu caso. Caminhadas, teatros e bons papos dominaram e deu até tempo de ir ao cabeleireiro e manicure. Minha amiga me ofereceu um jantar num restaurante italiano, Frescobaldi, muito agradável e descolado, pertinho da Regent’s Street. Comida italiana correta, ambiente romântico, boa carta de vinhos, iluminação suave, semi-ar-livre raro na cidade. Voltei ao Criterion, no Picadilly Circus, mas apesar do salão imponente, não é o mesmo de seu glorioso passado. Vale para um almocinho rápido, de passagem por ali. O que vale mesmo em termos gastronômicos é a seção de alimentos finos da maravilhosa loja Harrod’s, indicação preciosa de minha amiga, há quase dois anos morando na cidade. As peças The Lehman Trilogy e Bitter Wheat deram o toque cultural-sensacional à viagem; a ultima estrelada por John Malkovich, distante dos palcos britânicos há mais de 30 anos. Voltou com força total na estreia mundial da mais nova peça de David Mamet que não pode ser mais atual, ácida e contundente, tratando do tema espinhoso do assédio sexual na indústria cinematográfica. Ambas imperdíveis. Para os amantes do teatro, aqui vai a dica: os espetáculos em Londres tem o mesmo nível de qualidade dos da Broadway e custam a metade do preço cobrado em Nova York. Não sei por que, visto que as salas são de tamanhos equivalentes, tudo no mesmo nível ou até superior aos americanos. Vale a viagem! Manicure no Soho, Cucumba, depois de corte no profissionalíssimo coiffeur Smith s, ambos na linda Poland Street, na parte mais chique do Soho; que é um bairro divertido, perfeito para caminhar e ver gente. Bares, restaurantes, teatros, sex-shops, tudo misturado e vibrante. No quesito bar e gente bonita, a brasserie em frente ao National Theater é perfeita. Soho rocks! Museu só deu um, o National Portrait Gallery, que é um show e onde vi uma exclusiva da artista contemporânea americana, Cindy Sherman. O London Eye deu o toque parque-de-diversão da temporada e compensa pagar as 40 libras do Fast Track, derrotando as filas enormes da roda gigante mais famosa do planeta e maravilhando-se com as vistas da cidade. Resumo e conclusão das 48 horas: Para uma andarilha contumaz como eu, Londres é uma festa e nada bate as horas percorrendo tudo a pé, sons, cheiros, cores, arquitetura imortal, alegria dos locais no verão, gentileza dos mesmos, turistas embasbacados com a mescla de moderno e antigo que faz de Londres, a maior cidade da Europa, um patrimônio cultural eterno. A encruzilhada do melhor do mundo ocidental. Para Fabiana, BSE. Zurique, 13 de julho de 2019.

Nenhum comentário:

Postar um comentário