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sábado, 18 de janeiro de 2020

CRUZEIRO DE REVEILLON - CARIBE 2020

CRUZEIRO DE REVEILLON NO CARIBE – 2020 Vale a pena? Se vale! Muito mais barato do que as caríssimas opções brasileiras, bem menos quente e sem risco de chuvaradas e multidões, um programão. E nem precisa usar roupa branca! E nem enfrentar estradas lotadas e aeroportos travados. Apesar de ser alta estação no Caribe, não se tem aquela sensação de “sufoco” das lotações de verão. Talvez por ser inverno no hemisfério norte, o que torna as temperaturas no Caribe um sonho... Idéia de uns amigos, nos juntamos a eles, relutantes a principio, para um cruzeiro por ilhas do sul do Caribe, sete dias no Celebrity Summit, navio para cerca de 1500 passageiros, do grupo americano Royal Caribbean. Tudo incluído, boa cabine e bebidas alcoólicas à vontade, menos da metade do preço cobrado por bons hotéis do nordeste neste feriado. A festa de Réveillon foi fantástica, banda e DJ excelentes. Há gente medonha e cafona? Sim, é naviozão americano, mas pelo tamanho os genéricos se espalham e comprando boa cabine com terraço e acesso a restaurantes pequenos, a coisa se torna civilizada e divertida. Especialmente considerando-se o fato do navio parar cada dia numa ilha, o que permite a diversificação e a interação com outras pessoas que não as mesmas do navio. Visitamos Barbados, Santa Lucia, St. Kitts, St. Thomas e Antígua, além de San Juan, a capital de Porto Rico, de onde partimos e para onde voltamos. Gostamos de tudo, cada um na sua categoria. Barbados por suas praias, mar transparente e interessante Museu Judaico. Santa Lucia por seus picos íngremes e natureza exuberante. Antígua pela magnifica fortaleza e a adorável missa de Ano Novo que assistimos numa igrejinha do povoado principal. St. Kitts é rica e sofisticada, bom comércio e trajetos montanhosos com vistas incríveis. St. Thomas, a única ilha americana, muito alegre e repleta de opções de passeios interessantes. E por falar em passeios, há muito que fazer nas ilhas. Optamos por mergulho e caminhadas, por visitas históricas e nada de compras. O navio organiza tudo e ganha muito dinheiro extra com isso. No entanto, se o passageiro não quiser fazer tours em grupos e nem pagar muito por eles, é só se informar um pouco na internet antes de chegar às ilhas e contratar passeios com os muitos locais que oferecem os mesmos serviços a preços bastante mais camaradas. Aconselho o guia Lonely Planet, em inglês, facilmente adquirido no app do Kindle em qualquer smartphone. Munido do guia, você já chega a cada lugar bem informado e sem gastar tanto. Trip Advisor e outras fontes em português funcionam, sem a qualidade dos Lonely Planet, mas melhor do que nada. Já existem vários guias do Lonely Planet traduzidos em português por sinal. Navios são ideais para grupos de amigos e famílias e existem atividades para todas as idades e gostos. No único dia inteiro de navegação, sem parada, havia mais de 60 programas listados! De leilões de arte e cassinos, a palestras sobre beleza e saúde, kid’s club, academia, shows, cinema e wifi perfeito. A navegação é suave nesta época do ano e corre-se pouco risco de enjoar. Programão! Zurique , 18 de janeiro de 2020

SAN JUAN DE PUERTO RICO

SAN JUAN DE PUERTO RICO – CARIBE AMERICANO Gostamos de San Juan, capital de Porto Rico, que é tecnicamente um país caribenho, perto de Cuba e da Republica Dominicana, mas é na prática outro estado norte americano, pois os Estados Unidos compraram a ilha da Espanha, há muito tempo e hoje em dia Porto Rico, tirando o idioma principal, tem cara mesmo bem gringa. O que não é ruim, considerando a boa infraestrutura americana, mesmo sofrendo constantemente com terremotos e furacões. Por que ir a San Juan então? Boa pergunta, de fácil resposta. Como destino único não vale a pena, mas vale muito em cruzeiros e passeios ao Caribe por ser fácil, a ilha de melhor infraestrutura portuária e tudo o mais. E foi assim que lá demos com os costados, em preparação a um cruzeiro. E foi grata surpresa, pois passamos uma semana muito agradável em San Juan, pré-cruzeiro. Passamos até o Natal lá, num ótimo hotel praiano, o La Concha Resort. Vista mar, bons quartos, bons restaurantes, praia e mar bonitos. Fora isso, condições básicas para as férias beira-mar, San Juan oferece um centro antigo dos mais interessantes e preservados, deliciosas caminhadas por calçadões bem cuidados, boas compras e opções gastronômicas, atrações históricas e muita simpatia do povo. Os porto riquenhos conseguem ser tão simpáticos quanto brasileiros e mexicanos, muito hospitaleiros mesmo. No centro histórico, há duas fortalezas, El Morro e San Cristóbal, majestosas e interessantes e como são administradas pela organização dos Parques Nacionais americanos, bem preservadas e organizadas. Uma entrada vale para as duas, se utilizada em 24 horas. As vistas do mar são lindas e o exercício poderoso de escadarias e longos trajetos a pé faz das fortalezas um programa de dia inteiro, incluindo aí visita ao obrigatório Museo de Las Américas, parte do grande e majestoso complexo dos fortes. Outro dia, passeio a pé por Old San Juan e suas casas coloridas que lembram muito uma Salvador limpa, sem cheiro, segura. Percorrer as ruas e tomar mojitos nos múltiplos bares locais e maravilhar-se com a piña colada ali inventada e magnifica no Barrachina, é uma aventura etílica coroada pela visita de dia inteiro a destilaria Baccardí. Ir a San Juan e não visitar a Baccardí é como ir a Roma e não ver o Vaticano e nem o Coliseu. Afinal, a Baccardí é o templo do rum, instituição que veio fugida de Cuba e ali se instalou e prosperou. Sem rum não haveria Cuba Libre, Piña Colada, Mojito e Daiquiri. O que seria do mundo sem estes divinos coquetéis? Na certa, muito pior... Piadas a parte, a visita vale a pena pelo histórico, o curioso e a alegria fornecida pelo rum correndo solto. No ingresso dos variados passeios pela fábrica estão incluídos vários drinques e ver os barmen preparando os mesmos, um a um para as multidões que assolam o local, é muito divertido. A fábrica localiza-se em enorme terreno com belos jardins e organização perfeita. Imperdível mesmo para quem não gosta de rum. Compras são padrão e preços americanos, com shoppings e lojas enormes por toda parte. No centro antigo há bonito artesanato e um número infindável de joalherias e galerias de arte. Amantes da arte ficarão encantados com o Art Museum e seu parque de esculturas e intrigados com o Museu de Arte Contemporânea ali perto. Apesar da influencia americana, San Juan é perfeitamente caminhável e não há necessidade absoluta de carro ou táxi. Existe umas vans, tipo mini ônibus coletivos que também quebram o galho se o calor e o cansaço falarem mais alto. Gastronomia de primeira está no Santísimo, o bar de tapas do tradicional Hotel Convento e no José Enrique, este último, o chef estrelado do país. Neste ultimo você pode provar sem medo, as exóticas e deliciosas especialidades porto riquenhas, como o mofongo, o leitão assado e várias formas de carnes e galinhas fritas que podem assustar um pouco nos food trucks ou nos restaurantes mais simples. Nos dois restaurantes aqui citados é tudo modernizado, bem apresentado e mais saudável. Destaque aos frutos do mar do El Pulpo no bairro de Condado, que também “fusiona” o internacional e o nativo e quando cansar da cozinha local, as cadeias americanas como o Hard Rock e até o nosso Fogo de Chão estão por toda parte. O Serafina localizado no hotel La Concha é excelente, melhor até do que os originais, de Nova York. Por estas e por outras, quando o cruzeiro ou voo incluir San Juan, gaste mais tempo e dinheiro e fique uns dias por ali. Alugando carro é possível passear pela ilha e conhecer seus interessantes parques nacionais. Zurique, 20 de janeiro de 2020.

ZORAH BEACH HOTEL - VERÃO 2020

ZORAH BEAHCH HOTEL – SUGESTÃO VERÃO de praia cearense com sofisticação da Índia. Na verdade, boa dica para o ano inteiro, considerando-se o tempo quase sempre seco e ensolarado do Ceará. Este hotel boutique, muito bem decorado e confortável, entre as praias e vilarejos de Flecheiras e Guajiru, meio caminho entre Fortaleza e Jericoacoara, é uma deliciosa surpresa no cenário nacional, basicamente dividido entre hotéis business, resorts e pousadas. O Zorah não se encaixa em nenhuma destas categorias e por ser único, é muito confortável e prazeroso. Infelizmente, não é nada barato, seguindo o perfil do turismo no país. Um casal gasta fácil 400 dólares por dia, contando quarto básico e alimentação, sem considerar a cara passagem de avião até Fortaleza. Este preço inclui traslado de mais de duas horas entre o aeroporto e o hotel. Mas se grana não é problema, o Zorah é ótima pedida em três situações: para quem quer descanso, para os praticantes do modernoso kitesurf e para quem quer uma opção confortável numa viagem a Jericoacoara. Como as distancias em nosso pais de dimensões continentais e infraestrutura de quinto mundo são punitivas,para “quebrar” o penoso trajeto até Jeri, ou mesmo descansar do rústico-chique de um pós Jeri, o Zorah é excelente. Seus vinte e poucos quartos são bonitos e bem equipados, um charme de decoração com viés indiano, nacionalidade de seu proprietário. Bangalôs e uma vila espaçosa completam o feliz quadro. As massagens são boas no mini-spa e a comida divina, um dos pontos fortes do hotel. O cardápio mistura muito bem as tendências brasileiras, indianas e cearenses e o café da manhã é delicado, caprichado, muito bom mesmo. O serviço é gentil e eficiente, equipe grande e bem treinada. Áreas sociais incluem bela piscina e um pequeno jardim com bar charmoso e estrutura para esportes aquáticos. A praia é linda e enorme na maré baixa. Abençoadamente vazia, mar claro e piscinas naturais. Para os amantes das caminhadas, kite, wind e outros surfs da vida, é um paraíso terreno. E como todo paraíso terreno tem seu lado B, ali o vento pode ser intenso e não há como escapar do dito, assim como não se escapa de alguns carros na praia, abominável hábito local. Diminuiu, mas ainda existe. Bem como o forró praiano que às vezes se faz presente nos carros e até nas piscinas naturais como pude presenciar. Duas moças e um rapaz ouvindo aparelho de som aos berros nos recifes de coral. Vale a viagem? Sim. Os pontos positivos superam as mazelas, mas o melhor custo-benefício seria o seguinte: 1- Voo direto SP/Jeri. Alguns dias por lá e depois traslado até Flecheiras. 2- Estadia de 4 noites, mínimo no Zorah depois. 3- Férias de 10 dias perfeitas! Zurique, 18 de janeiro de 2020.