Translate

sábado, 15 de fevereiro de 2020

PARIS É UMA FESTA - JANEIRO 2020

PARIS É UMA FESTA! INVERNO – 2020 Paris é divina mesmo fria, cinzenta e varrida por ventos glaciais. Mesmo com as gigantes greves que assolam a França, sua capital é incrivelmente bonita e animada. Mesmo com a Tour Eiffel restrita, nada de se maravilhar com a vista do topo, só a do segundo andar mesmo, há sempre o que fazer e se surpreender. Nossa motivação para os quatro dias ali passados no final de janeiro, foi a impressionante mostra comemorativa dos 500 anos do genial Leonardo da Vinci, no Louvre. Valeu a visita, jamais veríamos o que vimos, tudo reunido e curado impecavelmente, num só lugar. Apesar das multidões que prejudicam a experiencia, Leonardo é maior e mais importante. Comemoramos também nossos 20 anos de relacionamento na “ponte aérea” São Paul-Zurich, tendo em conta o fato de Paris ter sido nosso primeiro destino de viagens internacionais a dois. Foi ótimo há 20 anos e desta vez não foi diferente. Nosso restaurantezinho do coração, as margens do Sena, no Quai Voltaire, não estava mais lá, mas descobrimos outro super aconchegante e com comida moderna, o Fluctuat, no Quai des Orfréves. Tudo desconstruído, tudo maravilhoso. Cheeseburguer francês vem mugindo de tão cru, o queijo é daqueles celestialmente fedorentos;os cogumelos e a mostarda, mais o diferente bacon francês são apresentados entre duas fatias de pão italiano. O foie gras é clássico, a sobremesa é uma torta de limão despedaçada numa tigela e salpicada de amêndoas. Melhor impossível... Desconstruir comida á mania francesa e pode dar muito certo, como é o caso do tradicional Croque Monsieur que no café Angelina, na rue de Rivoli, está mais para Club Sandwich e é apetitoso e delicado mesmo assim. Ousadia na culinária, ousadia na arquitetura, com a Fondation Louis Vuitton no Bois de Boulogne. Vale mesmo pelas linhas espectrais de Frank Gehry em meio ao verde do parque, mas se a mostra vigente não compensar, encarar as filas e as intempéries do tempo pode não compensar. Para nós foi muito bom, pois a mostra de uma arquiteta e decoradora francesa era bem interessante e diferente. O restaurante lá dentro é excelente. Mas apesar da culinária, parte cultural incrível, elegância, compras e outras coisas, Paris vale mesmo pelas caminhadas por suas ruas largas e cheias de vida. Olhar gente, vitrines, aproveitar a calma dos parques e o movimento dos barcos é o que me encanta na cidade. Uma cidade eterna, como Roma, para se voltar sempre em presença física e ad infinitum no coração. São Paulo, 15 de fevereiro de 2020. Dedico este breve relato à minha mãe. Que amava Paris e para onde nunca mais voltará. Nem precisa, sua alma ficou por lá...

Nenhum comentário:

Postar um comentário