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terça-feira, 13 de agosto de 2024

GRAMADO PÓS CATÁSTROFES CLIMÁTICAS GAÚCHAS - JULHO 2024

GRAMADO PÓS CATÁSTROFE – JULHO 2024 Minha querida e favorita cidade pequena foi bastante afetada pelas enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul em maio passado. Não acreditem em propaganda enganosa dizendo que está tudo normal, pois não está. O acesso está muito difícil e o transito congestionado como nunca; pior do que na época do famoso Natal Luz. A cidade propriamente dita, bem como Canela, funciona normalmente, mas o ir e vir é o problema. Voei de São Paulo a Caxias do Sul e tudo correu bem. Milagre, pois os voos a este péssimo aeroporto são frequentemente cancelados. De lá, o que normalmente leva uma hora em bela estrada repleta de flores, agora virou uma tortura de quase 3 horas de duração, por estradas de terra e precárias pontes de madeira. O resto foi destruído e como é Brasil, sabe-se lá quando será reconstruído. Se for... A coisa toda foi tão bizarra que optei por voltar 10 horas em ônibus leito até Florianópolis e de lá voo tranquilo a SP. Uma aventura! A cidade estava lotada devido ao turismo gaúcho, catarinense e uruguaio. Só. Gente que gasta pouco e fica pouco. Mesmo assim, Gramado mora no coração e a natureza continua exuberante, a cidade limpa e organizada, a comida deliciosa. Não há novidade na área gastronômica, execeto pelo VinoLab, novo empreendimento do hoel Casa da Montanha. Bem montado e bem localizado, o super cardápio típico-chique é executado com maestria pelo chef Rodrigo Bellora, que eu já conhecia da região dos vinhos. Como a casa tem ptrocínio forte do hotel renomado, é capaz que siga adiante. Restaurantes mais finos são raros na cidade que é fortemente voltada ao turismo-pacotão. Exceções atuais se restringem ao Nonno Mio, Josephina, La Braise e VinoLab. O resto pode até ser decente, mas qualidade mesmo está em Canela, no Bistro da Lú, no Capullo, no Magnólia, no Galangal e no lindo restaurante do Hotel Kempinski. Além dos macarrons celestiais da Amanda Selbach... Não sei como estão os parques temáticos e outras inúmeras atrações que fazem de Gramado, a Disney brasileira. Parecem funcionar normalmente. A atração para os enófilos segue sendo a pequena e refinada Vinícola Ravanello. Sua bela loja vende teroldegos e tannats de primeira. Nada ficam a dever dos vinhos de países vizinhos e é bom comprar logo, pois geadas e temporais destruíram a amior parte de safras tintas neste ano e os preços só fazem subir. Aliás, o número de lojas de vinhos que só vendem vinhos nacionais, cresce cada ano em Gramado e as boas surpresas são cada vez mais frequentes, como o maravilhosos teroldego ( uva de origem italiana, da região do Trento) da Larentis e seu custo-benefício respeitável. Prestigiar a Adega Cavicchioni e a pequenina Lovatto e Sartori são atualmente um must na cidade. A primeira, é uma loja de vinhos e frios com toque ítalo-brazuca. O dono é uma figura e os produtos bastante originais, como a pizza de Gramado, uma nova invenção do município, lado a lado com as respeitáveis cachaças gaúchas. A Lovatto, fora do centrão turístico é pequena e charmosa, vendendo rechonchudos salames, belas granolas, queijo da colonia que derretido sobre batatas-coquinho nada fica a dever as raclettes suíças e uma maravilha como paçoca de pinhão com linguiça defumada, típica e sazonal. Operação minúscula, coisa de mãe e filho. Há mesinhas para refeiçoes locais. Para os loucos por doces portugueses, a loja Capitão Rodrigo, no centro comercial Lago da Borges, "importa" iguarias de Pelotas. A cidade gaúcha é famosa pelos doces e se manteve fiel as receitas que nem sequer são lembradas masi em Portugal. Uma perdição... Voltaremos em dezembro. Com o aeroporto de Porto Alegre aberto e a alegria do Natal Luz bombando. Mas somos “locais”, semi-residentes da cidade. Para turistas, recomendo esperar e visitar no ano que vem, de preferencia no segundo semestre de 2025. Sem percalços e com toda a serenidade e beleza restauradas a Serra Gaúcha. Se Deus quiser! São Paulo, 13 de dezembro de 2024

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