Volta ao paraíso da Polinésia Francesa após 5 anos
Em nossa primeira visita (2005), gostamos tanto das ilhas que resolvemos voltar para celebrar 10 anos de relacionamento. Escolhemos outro hotel em Papeete, optamos erroneamente por um cruzeiro tedioso e caro pelas Ilhas Marquesas e elegemos Moorea para os dias finais de nossa volta à Polinésia Francesa.
Infelizmente, o hotel Manava, em zona residencial de Papeete é uma porcaria, mas o entorno tão lindo e divertido, que compensou o quarto escuro dando para o estacionamento do hotel. Sem falar nos encanamentos fedorentos do banheiro...
E o café da manhã fraquinho custando 50 dólares!
Mas não importa. O Taiti é um deslumbramento e as 3 noites em Papeete acabaram sendo felizes e relaxantes. Visitamos também Fakarava e Rangiroa, no arquipélago vizinho, Tuamotu. Lindas e primitivas, as ilhas são um show de paz e cores. A primeira, pequena e primitiva, a segunda, um dos maiores atóis do mundo, uma sensação de ilhas de todos os tamanhos e formatos e o mar mais azul que se possa imaginar. Com os peixes de todas as cores imaginávrisd ou não. Rangiroa, junto com Bora Bora é uma Meca do mergulho, autônomo ou não e o clima é totalmente zen. É o que Moorea e Bora Bora devem ter sido há 50 anos. Poucos hotéis, povo super simpático, restaurantes simples, bons e baratos, o que é total raridade na Polinésia Francesa. Por 40 dólares almoçamos um magnífico tartar de atum com fritas e o prato nacional do Taiti, o poisson cru. Delicioso peixe cru nadando em leite de coco e marinado no limão. Porções generosas.
Nas Marquesas e Tuamotus ainda é possível comer bem e razoavelmente barato. Nas Ilhas da Sociedade, que compreendem as mais famosas – Taiti, Bora Bora, Moorea, Tahaa, Raiatea, Huahine, Maupiti e outras, isso já é quase missão impossível.
Infelizmente, o delicioso hotel Kia Ora, o melhor de Rangiroa, fechou as portas. Espero que temporariamente, pois o lugar é lindo e a piscina lançada sobre o mar parece um barco de tom de azul um tanto diferente dos fabulosos do mar local. O efeito é deslumbrante.
A crise financeira mundial iniciada pelos EUA (depois da França, o país que mais envia turistas à região) em 2008 afetou tremendamente o turismo local. Em toda a Polinésia. Mas Rangiroa, por ser remota e um tanto desconhecida, sofreu mais. Fechou seu melhor hotel. Uma pena...
O Kiaroa da Bahia é uma cópia fraca do original acima citado. Não há como rivalizar o mar e os peixes.
Terminamos nossa segunda e longa jornada pela Polinésia Francesa em Moorea. Muito acertadamente no Pearl Beach Hotel. O bangalô na praia ajudou muito, amplo, romântico e muito confortável. O total pé na areia, com o mar quase entrando no quarto é sensacional. Continuo achando que os famosos e cobiçados bangalôs sobre a água, além de caros acabam sendo inconvenientes. Vários deles recebem sol fortíssimo praticamente o dia inteiro e ficar no terraço é uma tortura. Para que pagar mais de 1000 dólares para ficar trancado no ar condicionado ou na piscina?
O restaurante do Pearl é excelente e o serviço muito simpático e charmoso. É um hotel 4 estrelas, não é nada barato, mas é uma boa opção na linda Moorea. O SPA é celestial e a loja bem original, vendendo produtos completamente diferentes do que a mesmice encontrada nas cadeias conhecidas.
Ficar em Moorea e ignorar Papeete é fundamental para fazer da experiência Polinésia a melhor possível. Como escrevi em meu primeiro artigo, há cinco anos, sobre a região, Papeete não exibe grandes encantos. Para nós brasileiros, voando com a Lan via Chile, uma noite em Papeete é inevitável, pois o vôo chega à meia noite em Papeete e não é possível chegar à charmosa vizinha Moorea a tal hora. Mas só. Há vôos curtos e balsas eficientes e perfeitas o dia todo, com apenas meia hora de trajeto.
E Moorea continua sendo, como ilha-vulcanica-verde-e-florida, minha total favorita.
Quero voltar e ela e a Rangiroa. Nem que seja só em sonhos...
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