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sexta-feira, 16 de julho de 2010

SUÍÇA ROMANTICA NO VERÃO 2010

Meu marido, que é suíço, e eu nos casamos no ano passado no país natal dele. Como usos e costumes são bem diferentes dos tupiniquins, recebemos presentes de casamento bastante inusitados para padrões brasileiros.

Como o “fim de semana total”, nos dado pelos dois irmãos, cunhadas, sobrinhos, pai e madrasta. Todos, até crianças e adolescentes pagam a sua parte do presente. Que consistiu em um fim de semana surpresa com tudo incluído. Tudo mesmo, até compras e tratamentos no spa do maravilhoso Walhotel Dolderhorn, em Kandersteg, perto da capital suíça, Berna. E até a data em que resolvemos utilizar o “vale fim-de-semana”, não sabíamos aonde iríamos. Eles fizeram a reserva baseados nos dias que escolhemos e ao dar partida no carro, nos avisaram para passar na casa do irmão gêmeo de meu marido e pegar as “instruções”. Fomos, apreensivos, sem sabe que tipo de lugar enfrentaríamos, se era mico ou não, se as roupas e sapatos que estávamos levando seriam adequadas, um verdadeiro “tiro no escuro”!

O envelope que nos foi entregue por minha cunhada continha mapa, foto do hotel e os nomes dos membros da família que patrocinavam a jornada. Também especificava que poderíamos comer tudo o que quiséssemos e beber também dentro das dependências do hotel, usar o spa infinitamente e comprar a loja toda se este fosse o caso. Tudo muito legal e divertido e na certa muito diferente para mim brasileira.

Nunca havíamos estado na região conhecida como Berner Oberland, que abriga picos alpinos eternamente nevados,altíssimos e é o cenário de lagos e rotas famosas de trem como o Glacier Express. A viagem de carro entre Zurich e Kandersteg, nosso destino final, é muito bonita. Um festival de lagos azuis, florestas muito verdes no verão e cidadezinhas coloridas e bucólicas. Para nossa surpresa, o hotel Dolderhorn é imponente e luxuoso, dividido em dois, uma parte mais tipo fazenda antiga de um lado da pequena estrada e outro grande e moderno, tipo resort, do outro. Reservaram para nós um chalé construído no século 19 e, claro,restaurado. Confortável, bem decorado equipado, excelente banheiro. Até cama de dossel daquelas bem antigas que se vê em museus e se tem a impressão bizarra de “como se pode dormir em tal caixa?” o chalé oferecia. Ao lado do chalé principal, uma antiga casa de fazenda dos idos de 1725. Tudo encravado nas altíssimas montanhas de granito da região, cercados de flores do campo que no verão decoram maravilhosamente os campos, vales e pradarias suíças. Um cenário de sonho e um fim de semana idem.

O café da manhã, apenas correto, não empanou o brilho de dois jantares maravilhosos, um no restaurante gourmet do hotel, lado resort, e outro com direito a fondue de queijo com champignons selvagens na sala antiga e aconchegante do lado “fazenda”. Vinhos divinos, sobremesas inesquecíveis. Spa bem equipado mas sem charme, bons banhos aromáticos e massagens eficientes. Não abusamos da generosidade da família e compramos apenas lembrancinhas baratas na loja do hotel.

As caminhadas pelas montanhas e lagos de Kandersteg já são razão suficiente para uma visita de alguns dias à cidadezinha, em si, muito agradável e charmosa. Há esqui no inverno, mas não tem o peso, tamanho, estrutura e fama de Gstaad, St Moritz ou Zermatt.

As trilhas são bem marcadas, se pode fazer muito esforço ou menos, depende do gosto do freguês. Há teleféricos e bondinhos até os pontos mais altos das trilhas, o que torna as coisas mais fáceis para quem não quer penar nas gigantescas subidas. Quando se atinge o topo, o premio de vistas incomparáveis, geleiras e lagos belíssimos. Tudo cercado pelas flores azuis ciano que são a marca registrada da região. Nas trilhas principais há vários tipos de bares e restaurantes e não há necessidade de se levar mochila com alimentos. Mas é necessário agasalhos para o vento traiçoeiro e lugares com mais altitude.

A “surpresa” acabou bendo mesmo muito boa e Kandersteg ficou na nossa lista de “lugares para se voltar”.

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