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sexta-feira, 16 de julho de 2010

VIÑA SANTA RITA

Em fins de abril de 2010, depois de uma desastrada viagem ao Taiti, Ilhas Marquesas e de Páscoa, nossas três ultimas noites foram passadas admiravelmente na antiga casa de fazenda da ótima vinícola Santa Rita, nos arredores de Santiago do Chile. A Casa Real, como é chamada, foi reformada para abrigar hóspedes interessados em vinho e boa comida. Muito bem localizada no Vale do rio Maipo, região importantíssima na produção vinícola chilena, é uma base perfeita para se conhecer outros estabelecimentos produtores, como a enorme Concha y Toro.

Melhor ter carro alugado para mais liberdade, mas nós não optamos por isso e não nos atrapalhou. O lugar é lindo e relaxante, os quartos perfeitos, os espaços públicos muito bonitos e comida e serviço são dignos do que foi à casa de uma família muito rica no passado. Os jardins são deslumbrantes, a cave um primor e há até um pequeno museu de arqueologia e história com direito à loja apresentando artigos bastante exclusivos.

O lugar é um sonho para relaxar, namorar, comer e, é claro, beber muito bem. A Santa Rita tem também o rótulo Carmen e Casa Real, excelentes. Degustá-los todos é um prazer único, ainda mais neste cenário de paz e romantismo e visita-se as plantações em charretes antigas. Mas não é programa para crianças, adolescentes ou quem não é fanático por vinhos. Não há sequer piscina, muito menos sala de ginástica. Portanto, os apreciadores de “resorts” e sucos devem passar longe.

O hotel opera com sistema “all inclusive”, o que faz sentido, pois apesar de estar perto de Santiago, cerca de 50 minutos, localiza-se em área de fazendas e não há muitas opções de bons restaurantes por perto. Fizemos todas as refeições no hotel, ótimas por sinal e só no dia da visita à Concha y Toro é que almoçamos no pitoresco La Vaquita Echá. Churrascaria com grande terraço ao ar livre, bem típica chilena. A comida não é grande coisa, mas o serviço amável e o bucolismo do lugar compensam.

A visita à Concha y Toro é magnífica. Tudo super profissional, perfeito e irretocável. Só se deve ter cuidado com a maravilhosa loja e a tentação de comprar tudo!

O Vale do Maipo não apresenta a infra estrutura turística do Vale do Colchagua, mais ao sul da capital chilena. Não há trem do vinho e tours organizados. O próprio visitante é que, uma vez hospedado em uma das vinícolas, tem que procurar outras visitas e destinos. Para os amantes do vinho, não há programa melhor. Mais profissional e agradável do que a chata Mendoza na terra do abominável Maradona e suas vinícolas antipáticas e amadoras (exceção feita à Família Zuccardi).

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