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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

MIAMI – 2008


Dois anos após uma agradável temporada em Miami, voltei para aproveitar as temperaturas amenas do fim de novembro e para conferir os estragos da recessão que afeta os EUA desde o final de 2007.
Lojas vazias, preços ótimos, restaurantes cheios.
Como cheia também estava a ópera La Traviata, encenada no magnífico teatro Adrienne Arscht, um complexo de arquitetura arrojada, dedicado às artes cênicas. Perto dali também assistimos um concerto de musica clássica em imponente catedral católica. Nem só de compras e praia vive Miami. Cada vez mais, seu lado cultural se expande, assim atendendo uma crescente população internacional, motivadas pelas empresas do mundo inteiro que tem na cidade suas sedes para operações latino americanas. Só vi mais franceses nos EUA, em maio passado, em Nova York.
Muitos turistas reclamam da pobreza da vida cultural da cidade, mas isso não é verdade. É só abrir o maior jornal local, o Miami Herald, e ver quantos bons espetáculos a cidade oferece. A diferença é as distancias só negociáveis mesmo de carro. Miami não é Nova York, onde os teatros estão lado a lado. Se o turista estiver devidamente motorizado e munido de bom GPS, com nível razoável de inglês (na cidade o espanhol ajuda muito) e um pouco de boa vontade, a diversão é certa e de alta qualidade.
Mesmo com crise econômica, bares e restaurantes continuam cheios e os preços razoáveis. Cadeias como The Cheesecake Factory não parecem sentir a queda no poder aquisitivo de muitos americanos e seu cheesecake de abóbora e noz pecan, exclusividade do mês de novembro, faz esquecer qualquer problema. O Houston’s, mais chique, segue lotado e suas brownies e burgers continuam imbatíveis. Ótimo custo benefício, valendo o longo percurso até Coral Gables.
Em Miami Beach/South Beach, o Joe’s Stone Crabs não tem rival e oferece uma das melhores lagostas do país. E uma clientela divertida e variada, com muitos elementos curiosos, bem ao estilo Miami Vice. Para quem quer aliar glamour à gastronomia, o melhor mesmo é reservar uma concorrida mesa no Casa Tua. O menu italiano impecável, os espaços bem decorados e aconchegantes e uma clientela repleta de modelos e atores de cinema não desapontam. Tanto o Joe’s como o Casa Tua ficam na faixa de 100 dólares por pessoa. Para este tipo de estabelecimento premium, uma pechincha se comparadas à casas similares em Nova York. Com as da Europa então, nem se fala...
E para os veteranos na cidade, cansados dos mesmos shoppings de sempre, por que não tentar o lindo, classudo e vazio Merrick Park? Belíssimo centro comercial ao ar livre, só lojas de alto nível, jardins, fontes, valet parking e bons restaurantes. O da loja Neiman Marcus é excelente e durante o almoço apresenta mini desfiles de moda, bem divertidos.
O aeroporto de Miami, reformado, é agora um dos mais civilizados dos EUA e a cidade norte americana favorita dos brasileiros está cada vez mais alegre e sofisticada.

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